Caixa pode reabrir leilão do seu braço de seguros
Concluída a revisão do acordo com a sócia francesa CNP Assurances, a Caixa Econômica Federal dá os próximos passos para leiloar o seu balcão de seguros. Executivos da sua seguradora, a Caixa Seguros, devem se reunir com os assessores financeiros do negócio, Banco do Brasil e Credit Suisse, nos próximos dias, para definir a fase seguinte do processo competitivo dos demais ramos. A companhia cogita, inclusive, receber novas propostas pelas duas outras sociedades que ofertou no mercado. Em jogo, estão uma parceria com foco em seguro habitacional e consórcio; e outra de automóvel, rural, residencial e patrimonial. O martelo ainda não está batido. Isso porque a Caixa já tem ofertas não-vinculantes na mesa. No processo iniciado, a instituição conseguiu atrair cerca de 20 interessados nas parcerias. A expectativa é de que a conclusão da segunda fase do processo seja concluída somente após as eleições no País.
» Calendário. Só após acertar as outras duas parcerias é que o processo de abertura de capital da Caixa Seguridade, a holding que concentrará todas as sociedades nos moldes da BB Seguridade, será iniciado. Há uma expectativa de retomar a oferta (IPO, na sigla em inglês) em dezembro, mirando a janela de abril de 2019.
» Apetite. Mesmo após ter concordado em desembolsar R$ 4,65 bilhões pelo novo acordo com a Caixa nos ramos de seguros de vida, prestamista e previdência privada, a CNP quer mais. Também está na disputa pelas outras sociedades, uma vez que não deseja perder o que já possui. Não é para menos. O Brasil é o segundo principal mercado para a francesa no mundo.
» Capitalização. Em paralelo, a Caixa negocia um novo contrato com os atuais sócios no ramo de capitalização, as seguradoras SulAmérica e Icatu. Caso não chegue num acordo, pode abrir para o mercado. Procurada, a Caixa não comentou. Os assessores da reestruturação do balcão de seguros, BB e Credit, também não se manifestaram.
» Puxou a fila. Logo após a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Usiminas anunciou a seus clientes aumento de preços do aço da ordem de 10%, que começou a valer a partir de ontem, 1º de setembro. O ajuste ocorre na esteira da desvalorização do real frente ao dólar, hoje acima de R$ 4,00, e ainda por conta do aumento das matérias-primas. A Usiminas não comentou. » Ponte. Com uma maior demanda de empresas e universidades, o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) expandiu em 150% o número de feiras realizadas no acumulado deste ano em relação a 2017. Depois de se consolidar em São Paulo, que sedia a maior feira estudantil da América Latina, e Goiás, a organização desembarca em São José dos Campos, Sorocaba, e Fortaleza. A expectativa do CIEE é dobrar o número de feiras até o ano de 2022.
» Sem crise. A corretora MDS Seguros, controlada pelo grupo português Sonae com a Suzano Papel e Celulose, viu seus prêmios emitidos crescerem em 15% no primeiro semestre ante um ano. Dentre os destaques, está o segmento de linhas financeiras. Os seguros garantia, por exemplo, saltaram 130%. A área de varejo e afinidades também contribuiu, com alta de 29% no semestre.
» Tête-à-tête. A expansão regional da corretora de seguros é outro fator que ajuda a impulsionar as vendas. Com cinco escritórios em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina, a MDS ingressou em Minas Gerais, Pernambuco e Bahia, além de inaugurar um segundo escritório na capital paulista.
» Pop. O Fundo Garantidor de Crédito (FGC), uma espécie de seguro dos investidores, quer ficar mais popular. Pesa, sobretudo, o baixo conhecimento sobre a sua existência junto ao público bancarizado e aqueles que têm depósitos no sistema.
» Estranhou?. Em uma tentativa de reverter o baixo índice de conhecimento, o FGC está fazendo um esforço de comunicação. Para quem estranhou as campanhas publicitárias no rádio, mídias impressa e digital, o Fundo já está na segunda fase. As praças escolhidas foram São Paulo e Minas Gerais, mas a ideia é propagar a entidade em outras regiões.
» Blindado. O entendimento no FGC é de que quanto mais a sociedade entender o propósito do Fundo, menos suscetível estará a corridas bancárias diante de eventuais problemas em instituições financeiras.
» O que é? Onde vive?. Criado em 1995 pelos próprios bancos, o FGC garante depósitos e investimentos em até R$ 250 mil por CPF. Há ainda um teto de até R$ 1 milhão para cada investidor a cada quatro anos. Ficou famoso por socorrer instituições com problemas no passado, como foi o caso do Banco Pan (ex-Panamericano) e, mais recentemente, atuou na crise do BTG Pactual.