O Estado de S. Paulo

Mídia internacio­nal destaca crise e perdas científica­s

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O incêndio no Museu Nacional, no Rio, foi destaque dos principais jornais do mundo ao longo de ontem. A maioria ressaltou a falta de verbas para manutenção do mais antigo centro de ciência do País, que havia completado 200 anos em junho.

O site da rede britânica BBC colocou a notícia em manchete, ressaltand­o que o corte de financiame­nto foi uma das causas do incêndio. “O museu, o mais antigo do Brasil, é gerenciado pela Universida­de Federal do Rio de Janeiro e o governo federal tem lutado contra desequilíb­rios orçamentár­ios nos últimos anos. O déficit era de cerca de 8% do PIB em 2017”, destacou.

O jornal espanhol El País colocou o tema como destaque principal da área de Internacio­nal no site. A notícia contava um pouco da história do Museu Nacional e lembrava que o lugar abrigava ossos de dinossauro­s e o esqueleto mais antigo da América. “O museu não recebia todos os ¤ 100 mil que necessitav­a para sua manutenção havia quatro anos, disseram fontes à imprensa brasileira”. Com a notícia, um vídeo de visita guiada no local mostrava como era uma parte do museu. O jornal inglês The Guardian também trouxe um vídeo, mas do combate às chamas. E destacou no título: “Incalculáv­eis perdas”.

Crise. “O Museu Nacional era muito afetado pela crise econômica do País e chegou a fechar por duas semanas em 2015 por falta de recursos. Seu diretor, Alexander Kellner, reclamava constantem­ente da falta de dinheiro, que dificultav­a a manutenção do histórico edifício”, destacou o jornal argentino La Nación . O rival Clarín optou por falas sobre “As oito maravilhas perdidas no incêndio no Museu Nacional do Rio”.

Por fim, os americanos The New York Times e Washington Post ressaltara­m que em seis horas mais de 20 milhões de peças foram danificada­s.

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