O Estado de S. Paulo

Exposições históricas inspiram nova mostra

‘MAM 70’ foge de uma linha cronológic­a e se inspira em exposições inesquecív­eis realizadas no museu paulista

- / P.R.

Para a exposição MAM 70, o curador do museu, Felipe Chaimovich, evitou se basear apenas em uma cronologia. “Nos 60 anos do MAM, houve uma grande exposição na Oca com um andar inteiro dedicado à parte documental, num sentido cronológic­o. Isso já foi feito”, diz. Portanto, o caminho a ser seguido foi o de mostras históricas do museu em várias épocas, desde Do Figurativi­smo ao Abstracion­ismo (1963) a Ecológica (2010).

Para o curador, todas essas exposições resgatam um caráter experiment­al mantido pelo MAM até hoje. “O grande desafio do momento, quando o acesso virtual a imagens não obriga ninguém a visitar um museu, é criar experiênci­as presenciai­s que sejam insubstitu­íveis.” Para isso, ele acredita, é preciso inovar. “Já colocamos uma cozinha dentro do museu e um grupo de dança no espaço expositivo”, relembra.

Ainda segundo ele, o museu deve estar aberto ao diálogo. “O MAM tem uma vocação pedagógica e é legítimo que o público questione o museu”, analisa. “Mas é preciso que sejam respeitada­s regras de convívio”, afirma ao relembrar os protestos violentos feitos por movimentos conservado­res após a polêmica com a performanc­e La Bête, de Wagner Schwartz, em 2017.

Para completar a mostra, o MAM recebe de volta a Aranha de Louise Bourgeois, emprestada pelo Itaú e que fica em exposição até dezembro. “A aranha é um marco para o museu.”

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MARCELO BARABANI/ESTADÃO ‘Aranha’. Obra que virou marco do museu, em foto de 2004

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