Time brasileiro de vela testa raia olímpica no Japão
Atletas terão de lidar com o clima quente em Enoshima e com a possibilidade de tufões na região
O primeiro aquecimento para os Jogos Olímpicos de Tóquio terá início amanhã no Japão e vai até o dia 16. A partir de terçafeira (noite de segunda-feira no Brasil, por causa do fuso horário), os barcos estarão nas águas de Enoshima para o evento-teste da vela. Quatro brasileiros estarão presentes: Martine Grael e Kahena Kunze (49er FX), Patricia Freitas (RS:X) e Jorge Zarif (Finn). Além do teste esportivo no local, o evento possibilitará que a Confederação Brasileira de Vela (CBVela) colha dados para ajudar os atletas nacionais na preparação para a Olimpíada de 2020.
“As condições das raias variam muito. Vamos encontrar períodos de vento fraco e pouca onda e dias com mais vento e ondas grandes, já que não são águas abrigadas. Tivemos a passagem de um tufão e já tem previsão de outro. Precisamos nos preparar para essas situações pouco ou nada comuns para os atletas brasileiros”, explica Daniel Santiago, diretor executivo da CBVela.
A campeã olímpica Kahena Kunze vai passar quase um mês no Japão para se adaptar melhor ao local. Ela sabe que essa vivência é muito importante para se dar bem em 2020. “É para testar o hotel e se adaptar às condições daqui, que é um lugar extremamente quente e úmido. Por isso temos de beber água a todo momento para se hidratar. Enfim, é um teste para a gente chegar em 2020 bem preparadas”, avisa a velejadora.
Ela conta que vários fatores precisam ser analisados nos treinos e na competição, como a raia e as condições de vento. Para além da parte técnica, o importante é estar bem localizada e habituada ao local que fica a cerca de 70 quilômetros de Tóquio, onde vai ocorrer a maioria das competições nos Jogos.
Outro ponto importante é a presença dos tufões, algo bem comum na região. “A cada duas semanas aparece um, então provavelmente vamos pegar algum durante os Jogos. As condições para se navegar depois de um tufão são bem extremas, tem bastante onda, então por isso que estamos aqui”, comenta.