O Estado de S. Paulo

Egito condena 75 à pena de morte por protesto

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Um tribunal egípcio condenou ontem 75 pessoas à pena de morte, incluindo importante­s líderes islâmicos, e à prisão mais de 600 pessoas que participar­am de um protesto em 2013 que terminou com a morte de centenas de manifestan­tes pelas forças de segurança. Cerca de 700 pessoas foram julgadas por crimes que incluem assassinat­os e incitação à violência durante o protesto a favor da Irmandade Muçulmana no Cairo. O governo diz que manifestan­tes estavam armados e oito membros das forças de segurança foram mortos. Inicialmen­te, afirmou que mais de 40 policiais haviam morrido.

Grupos de direitos humanos informaram que mais de 800 manifestan­tes morreram no incidente mais letal durante a agitação que se seguiu à revolta popular de 2011 no Egito. A Anistia Internacio­nal condenou a decisão do tribunal, classifica­ndo o julgamento como “desonroso”.

Na audiência de ontem no vasto complexo prisional de Tora, ao sul do Cairo, o tribunal criminal condenou à morte por enforcamen­to vários proeminent­es islamistas, incluindo os líderes da

Irmandade Muçulmana Essam al-Erian e Mohamed Beltagi e o pastor Safwat Higaz. O líder espiritual da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, e dezenas de outras pessoas receberam sentenças de prisão perpétua, disseram fontes judiciais. Outros

receberam sentenças de prisão que variam de 5 a 15 anos.

Casos foram retirados contra cinco pessoas que morreram na prisão, informaram fontes judiciais, sem dar mais detalhes.

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MOHAMED HOSSAM/EFE Punições. Juiz Hassam Farid anuncia veredictos

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