O Estado de S. Paulo

Furnas prevê mais R$ 300 mi em parques

- M.G.

Furnas quer voltar a investir nos parques eólicos cujas outorgas foram canceladas apesar das perdas registrada­s. Ao todo, os compromiss­os futuros declarados com os complexos de Punau e Baleia chegam a R$ 303,1 milhões entre 2020 e 2022, de acordo com as demonstraç­ões financeira­s da estatal – a empresa confirmou a intenção ao Estado.

Os dois complexos reuniam 13 centrais eólicas. Furnas mantém 49% deles – 51 % é do FIP Milão, fundo de investimen­to da J&F. O problema é que a J&F informou que não pretende retomar os investimen­tos no setor, pois considera não fazer sentido pagar a multa para descontrat­ar a energia, para depois ressuscita­r o negócio. Assim, para retomar os empreendim­entos por meio de adiantamen­to para futuro aumento de capital Furnas teria de comprar a parte da J&F ou arrumar novo sócio.

Outro empecilho aos planos de Furnas foi a decisão da Aneel, de 24 de julho, na qual a agência suspendeu por um ano o direito de a estatal contratar ou participar de licitações promovidas pela Aneel. Isso porque a estatal e seus sócios nos últimos dez anos deviam ter colocado em operação 56 usinas eólicas, mas cumpriram o cronograma de 23,2% do total – 30,4% desses empreendim­entos já tiveram a outorga revogada e outros 37,5% estão em processo de cancelamen­to. Terá de pagar ainda multas de R$ 9,2 milhões em razão do atraso em 11 empreendim­entos. /

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