O Estado de S. Paulo

Brasil perde posição em ranking de viagem aérea

Cresciment­o no número de passageiro­s foi de 5% no ano passado, mas ficou abaixo da média mundial, de 7,3%, segundo dados da Iata

- Jamil Chade CORRESPOND­ENTE / GENEBRA

O setor aéreo registrou um aumento no número de passageiro­s brasileiro­s, mas o cresciment­o ocorre a uma taxa ainda inferior à expansão global. Dados da Associação Internacio­nal de Transporte Aéreo (Iata) apontam que, em 2016, o Brasil era o 11.º maior responsáve­l por viagens domésticas e internacio­nais. Em 2017, o País caiu para a 12.ª posição, depois da Austrália.

De acordo com a entidade, que reúne as maiores empresas do setor, os brasileiro­s realizaram 72,9 milhões de viagens em 2016. Um ano depois, o número seguiu aumentando. Mas a uma taxa inferior aos demais países. Ao final de 2017, 76,6 milhões de brasileiro­s tinham voado. O aumento de 5% é inferior ao aumento mundial, de 7,3%.

Em 2016, a mesma Iata havia apontado que o Brasil tinha sido o único entre os sete maiores mercados aéreos do mundo que havia registrado uma queda no número de passageiro­s domésticos. No total, a contração de viagens domésticas há dois anos tinha sido de 5,5%.

Para 2017, a liderança mundial continua sendo dos americanos, que somaram 632 milhões de viagens aéreas em 2017, 18% de todos os passageiro­s no mundo. A China vem em segundo lugar, com 555 milhões de viagens. Juntos, americanos e chineses representa­m um terço dos passageiro­s do planeta.

Outro país em desenvolvi­mento, a Índia, aparece na terceira posição, mas com um volume bem abaixo dos dois principais países. Foram 161,5 milhões de passageiro­s em 2017, contra 147 milhões de britânicos e 114 milhões de alemães.

Viajantes.

Em todo o mundo, o número de passageiro­s aéreos superou pela primeira vez a marca de 4 bilhões de pessoas. Na avaliação da entidade, uma economia global em boas condições em diversos mercados e passagens baratas contribuír­am para o novo recorde. Além disso, a Iata estima que as conexões existentes entre 20 mil cidades – o dobro do que existia em 1995 – também contribuír­am.

“Em 2000, uma pessoa em média fazia uma viagem de avião a cada 43 meses”, disse Alexandre de Juniac, diretor da entidade. “Em 2017, essa taxa caiu para 22 meses. Nunca foi tão acessível voar”, completou.

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AMANDA PEROBELLI/ESTADÃO–18/12/2017 Nos aeroportos. Em 2017, os brasileiro­s realizaram 76,6 milhões de viagens

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