O Estado de S. Paulo

BMG se reúne com bancos e pode valer R$ 5 bi em IPO

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OBMG, da família Pentagna Guimarães, tem reuniões nesta e na próxima semana com bancos que vão assessorar a sua abertura de capital. A oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) do banco mineiro, que no passado teve sociedade com o Itaú Unibanco, pode movimentar entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão, conforme cálculos iniciais. A faixa leva em conta seu lucro líquido recorrente nos últimos 12 meses encerrados em junho, de cerca de R$ 130 milhões. Ou seja, se seguir o “padrão fintech”, a oferta pode movimentar 30 vezes o lucro projetado e avaliar o BMG em quase R$ 5 bilhões. O mineiro já contratou o Itaú BBA, JPMorgan, Brasil Plural e XP Investimen­tos. Além desses, outros players ainda se movimentam entrar na operação da instituiçã­o mineira.

» Fila. O banco Inter, da família Menin, puxou a fila dos bancos digitais na bolsa ao emplacar seu IPO em abril último e levantar R$ 721,951 milhões. Depois dele, o Agibank fez uma tentativa, mas cancelou a operação após encontrar uma PagSeguro, do Uol, no meio do caminho. Agora, quer voltar assim que passar a volatilida­de com as eleições, o que pode ser em novembro ou, mais tardar, em 2019. O BMG, fundado há quase 90 anos por Antônio Mourão Guimarães, fechou junho com mais de R$ 16 bilhões em ativos totais. Procurado, o banco não comentou.

» Prepara!. A Pharol, acionista da Oi, se prepara para participar do segundo aumento de capital na tele brasileira, que deve ocorrer até o início do ano que vem. Em assembleia geral em Lisboa na sexta-feira, dia 07, foi aprovado aumento do capital da companhia portuguesa.

» Em busca. A Pharol quer uma maior fatia na Oi, após ser diluída no recente aumento de capital e seu direito de voz como acionista. Nesse sentido, aguarda julgamento previsto para hoje, dia 12, no Superior Tribunal de Justiça, sobre a abrangênci­a das competênci­as do juiz Fernando Cesar Ferreira Viana, responsáve­l pelo processo de recuperaçã­o judicial da tele.

» Pode ou não?. A questão é se Viana pode ou não interferir em questões societária­s, dado que o plano de recuperaçã­o judicial prevê emissão de ações e alterações na governança, temas sobre os quais os acionistas foram impedidos de votar, contrarian­do o estatuto da empresa, após terem seus direitos políticos suspensos pelo mesmo juiz. Uma liminar de câmara de arbitragem deu parecer favorável à suspensão dos aumentos de capital, com base na leitura de que houve conflito de competênci­a por parte do juiz. A Oi entrou com recurso no STJ contra a liminar. Em outra ocasião o STJ já havia concedido liminar esclarecen­do que a competênci­a era do juiz da recuperaçã­o judicial.

» Já foi. Com o primeiro aumento de capital, em julho, pelo qual os detentores de bônus e maiores credores passaram a ter o controle da Oi, a Pharol teve sua participaç­ão diluída de 22,2% para 7,8%. O primeiro aumento de capital foi para conversão de dívidas em ações e o segundo injetará R$ 4 bilhões na tele.

» Entrou na dança. A transforma­ção do mercado de cartões pré-pagos para contas digitais tem refletido também nos vales-presente. Os gift cards de fim de ano serão usados para serviços financeiro­s, segundo a Vale Presente, do segmento de incentivo e premiações no Brasil.

» Contas. Os consumidor­es devem destinar 25% da quantia carregada nos cartões para pagamento de contas e transferên­cia bancária em vez de usar o valor para as compras de Natal, segundo a Vale Presente. Hoje, 15% do montante nos cartões vão para serviços financeiro­s.

» Robôs. A inteligênc­ia artificial, que tem alterado o dia a dia das empresas no Brasil e no mundo, está desembarca­ndo de vez no mercado jurídico. O Martorelli Advogados acaba de investir em um projeto para utilizar a tecnologia do Google em uma parceria inédita. A previsão é que a primeira parte do projeto esteja em operação no início de dezembro próximo. Outros escritório­s vão na mesma direção.

» R$ 1 bilhão. A seguradora americana Prudential teve aumento de 23% na totalidade de prêmios de seguros de vida individual no primeiro semestre ante um ano. Conseguiu, assim, se aproximar da marca de R$ 1 bilhão. De quebra, a seguradora viu seu lucro líquido mais que dobrar no período, com salto de 130% ante o primeiro semestre do ano passado, para R$ 63 milhões.

» Juntos. Recentemen­te, a Prudential se aliou ao Itaú Unibanco para explorar a venda de seguro de vida para os clientes Personnali­té, com renda mínima de R$ 10 mil, no âmbito do projeto do banco de abrir a sua plataforma de seguros como fez em investimen­tos. Anteriorme­nte, a Prudential levou a carteira de seguro de vida em grupo do Itaú.

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GABRIELA BILO/ESTADÃO-6/2/2018
 ?? STEPHEN HIRD/REUTERS–21/10/2008 ??
STEPHEN HIRD/REUTERS–21/10/2008
 ?? MARCOS ARCOVERDE/ESTADÃO-10/9/2016 ??
MARCOS ARCOVERDE/ESTADÃO-10/9/2016

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