O Estado de S. Paulo

Máquinas a serviço da saúde

PARA QUE SERVEM ALGUNS DOS PRINCIPAIS AVANÇOS

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BIG DATA

A imensa quantidade de dados de saúde gerados trouxe uma mudança nas formas de análise. Mesmo no

Brasil, os pesquisado­res criam bons algoritmos a fim de identifica­r padrões para prever a evolução de doenças. Alguns estudos são feitos para melhorar a precisão dos diagnóstic­os ou fazer bom uso da internet das coisas. Objetos eletrônico­s conectados ao corpo poderão identifica­r um infarto antes que o paciente sinta qualquer desconfort­o.

INTELIGÊNC­IA ARTIFICIAL

É a capacidade de máquinas tomarem decisões inteligent­es.

Nos anos 90, as regras necessária­s para que isso acontecess­e eram definidas por humanos.

Um caso famoso é o do Deep Blue, o supercompu­tador da IBM que, em 1997, venceu o campeão mundial de xadrez Garry Kasparov. Hoje, os computador­es estão ainda mais inteligent­es. Por meio dos novos algoritmos, são capazes de aprender sozinhos. A IA não substituir­á o médico, mas poderá funcionar como uma segunda opinião.

MACHINE LEARNING

É a área que atualmente domina a IA. Os algoritmos de análise descobrem relações entre os dados de saúde. Há grande entusiasmo e investimen­to no uso deles para melhoria dos diagnóstic­os por imagem, sugestão de tratamento­s, descoberta de novas drogas, priorizaçã­o de pacientes em hospitais e aprimorame­nto de cirurgias robóticas.

DEEP LEARNING

Uma subárea do campo de machine learning (aprendizag­em de máquina) é chamada de deep learning (aprendizag­em profunda), uma tecnologia capaz de apresentar soluções para questões mais complexas. Um exemplo é a transcriçã­o de fala para texto feita pelo Google Voice. O cérebro digital por trás desse serviço consegue diferencia­r unidades fonéticas por meio do treinament­o do sistema.

BLOCKCHAIN

Criada para armazenar e validar informaçõe­s de forma descentral­izada, transparen­te e inviolável, a cadeia de blocos mais conhecida é a moeda digital Bitcoin. Na saúde, ela permite gerenciame­nto descentral­izado de prontuário­s eletrônico­s, acompanham­ento de voluntário­s em estudos clínicos e estímulo à prática de atividade física. O bom comportame­nto dos pacientes, por exemplo, poderia garantir descontos em serviços e produtos especiais.

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