Fla e Vasco levam crise para longe do Rio
Clássico carioca reúne hoje em Brasília um time sob desconfiança pelos tropeços recentes e outro na zona do rebaixamento
Um clássico carioca distante do Rio e longe do ideal para os clubes. Assim pode ser resumido o confronto entre Vasco e Flamengo no Mané Garrincha, hoje, às 19h. A partida pela 25ª rodada do Brasileiro colocará frente a frente duas equipes pressionadas pela necessidade de vitória, por razões diferentes.
Quarto colocado, o Flamengo precisa superar o rival se não quiser ver a esperança de título diminuir ainda mais. De quebra, o time precisa vencer para diminuir a pressão sobre o técnico Maurício Barbieri. A oscilação da equipe no último mês e a dificuldade em fazer gols tem levantado críticas da torcida e o treinador já vê o cargo sob risco.
Barbieri, ao menos, não terá problemas para a escalar a equipe. Ele terá todos os titulares à disposição. E entre os que têm presença confirmada para o clássico é o zagueiro Réver. “Acredito que vá ser um clássico muito truncado. Não tem como fugir disso”, considerou.
No Vasco, o técnico Alberto Valentim terá que conviver com desfalques. Pikachu e Desábato estão suspensos, enquanto Wágner rompeu o contrato após ganhar ação na Justiça. Além deles, outros cinco jogadores seguirão fora por lesão.
Apesar disso, Valentim procurou demonstrar tranquilidade. “Não costumo falar dos jogadores que não estão disponíveis. Procuro aproveitar ao máximo os jogadores que estão com a gente”, comentou. Com o time na zona de rebaixamento, o técnico decidiu fechar o último treino e não deu indícios do time que vai a campo.
A expectativa é de que o Mané Garrincha receba grande público. Apesar disso, Réver não escondeu o incômodo em disputar o clássico fora do Rio. “Se eu falar que é bom (jogar em Brasília), vou estar mentindo”, admitiu. “Mas, nas condições que temos hoje no Rio, é melhor jogar fora. Em relação a gramado, estará melhor (do que o do Maracanã). Claro que vai ser mais desgastante, o número de jogos é absurdo, mas não podemos usar como desculpa. Temos que fazer tudo da melhor maneira possível.”