JAPONÊS SERÁ 1º TURISTA A IR À LUA
Space X, de Musk, diz já ter vendido a ‘passagem’
ASpace X, empresa de exploração espacial de Elon Musk, anunciou ontem que vendeu sua primeira passagem para levar um turista à Lua. Sem entrar em detalhes, a companhia declarou que vai revelar o nome do passageiro misterioso no início da semana que vem, em um evento. No Twitter, ao ser questionado por um fã, Musk disse que o “bilhete especial” foi vendido para um japonês.
Ele voará pelo espaço com a ajuda do Big Falcon Rocket (BFR), novo foguete que ainda está sendo projetado pela companhia. A previsão é de que a primeira viagem do veículo aconteça em 2022, embora a data seja considerada otimista por especialistas, especialmente por questões de financiamento. Estima-se que sejam necessários US$ 10 bilhões para o desenvolvimento do Big Falcon Rocket, recursos que a Space X ainda não é capaz de cobrir com os lucros de sua operação.
Acoplado a uma espaçonave, o BFR é capaz de enviar até 150 toneladas e dois passageiros para fora da órbita terrestre. É com esse mesmo foguete que Musk pretende criar uma base na Lua e um assentamento em Marte – um dos sonhos do empreendedor, que também é presidente executivo da fabricante de carros elétricos Tesla Motors, é povoar o planeta vermelho. Ele diz ainda que o BFR pode ser usado para lançar satélites e fazer, rapidamente, viagens entre cidades distantes da Terra.
Desconfiança. Antes de levar um turista à Lua, porém, a Space X ainda tem de provar que é capaz de realizar missões tripuladas ao espaço. Em agosto, a empresa apresentou planos para levar quatro astronautas para fora da Terra até abril de 2019, pondo fim a um jejum de sete anos de voos de naves americanas tripuladas ao espaço. Em 2011, o governo americano cortou o programa de ônibus espaciais da Nasa, por razões financeiras.
O voo será a primeira parte de um acordo de US$ 2,6 bilhões da Nasa com a Space X para levar astronautas ao espaço – antes disso, a agência já havia fechado parcerias com a companhia de Musk para o transporte de suprimentos.
De qualquer forma, esse tipo de viagem exige programação com antecedência – ainda mais considerando que, por questões de segurança, é pouco provável que o turista japonês embarque logo na primeira expedição tripulada da Tesla. / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS