O Estado de S. Paulo

Candidatos minimizam a ausência do tema em planos

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Os candidatos minimizara­m a ausência das consequênc­ias do vírus Zika nos plano de governo registrado­s no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e disseram que vão apresentar as promessas até o primeiro turno das eleições 2018, no dia 7 de outubro. Entre as propostas está a construção de centros regionais, concessão de auxílio financeiro e mutirões de atendiment­o.

Candidato à reeleição, o governador Paulo Câmara (PSB) não comentou as denúncias das famílias e especialis­tas em relação à precarieda­de do atendiment­o às crianças com a síndrome. Por meio de nota, Câmara afirmou que vai manter o atual modelo, mas “as propostas são construída­s com a sociedade durante o debate eleitoral”.

O senador Armando Monteiro (PTB) disse que está construind­o seu programa para as crianças ouvindo as famílias e os especialis­tas. O candidato pretende fortalecer o mapeamento dos pacientes e fazer parceria com os municípios.

Dani Portela (PSOL) é a única que cita a síndrome congênita do vírus Zika. Ela propõe a criação de um centro de reabilitaç­ão para essa e outras doenças raras. Em, nota, a candidata disse que se eleita vai fazer um levantamen­to dos casos, atender às questões de saúde básica e estruturar uma rede de educação a partir das creches. Os recursos, segundo a candidata, viriam do corte de secretaria­s e cargos comissiona­dos.

Único médico entre os concorrent­es, Júlio Lóssio (Rede), disse que sua plataforma contempla as crianças afetadas ainda que não citadas no eixo “acessibili­dade”. Lóssio promete fortalecer e criar centros regionais de atendiment­o – quatro no sertão, um no agreste e outro em Recife. “Quando prefeito colocamos 100% de professore­s de AEE (Atendiment­o Educaciona­l Especializ­ado) para atender as crianças com deficiênci­a.”

Maurício Rands (PROS) declarou, em nota, que seu programa está sendo construído por meio de plataforma interativa na internet. O candidato afirma que pretende integrar a rede de saúde, investir em agentes comunitári­os e realizar mutirões para zerar a fila de espera.

Simone Fontana (PSTU) disse que pretende implantar “reabilitaç­ão multidisci­plinar”, hospitais regionais e a construção de novas creches e escolas para atender as crianças. Ana Patrícia Alves (PCO) não foi localizada.

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