Mercado estuda formas para limitar fuga de liquidez
Com mais duas empresas brasileiras programadas para abrirem seu capital nos Estados Unidos ainda neste ano, a Arco Educação e a Stone, a discussão no mercado brasileiro de como conter a fuga de liquidez para fora do País tem esquentado. Um dos caminhos discutidos é uma pequena alteração na regulação do programa das Brazilians Depositary Receipts (BDRs), que é aquele que permite que uma empresa listada fora do País possa ter papéis negociados diretamente na bolsa brasileira. A mudança traria a possibilidade de uma empresa brasileira que decidir realizar sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) em Nova York, por exemplo, possa fazer, ao mesmo tempo, uma emissão de BDRs na B3, trazendo para o mercado local parte da liquidez dessas ações. A alteração seria cirúrgica: para permitir esse movimento seria necessário mudar uma cláusula que estabelece que, para uma empresa estar apta à emissão de BDRs, os seus ativos localizados no Brasil não podem corresponder à metade - ou mais - do total. Ou seja, seria preciso prover flexibilidade para que uma empresa com maioria de ativos no mercado brasileiro esteja apta a fazer essa emissão.
Céu é o limite. No início do ano a operação bilionária da PagSeguro em Nova York saltou aos olhos do mercado. A busca dessas empresas pelo território norte-americano, especialmente as do setor de tecnologia, é por múltiplos mais inflados do que os encontrados no Brasil, o que na prática significa um valor mais elevado pela companhia.
The book is on the table. Mais da metade dos empregadores (51%) no Brasil exige fluência ou nível avançado em um segundo idioma, segundo mostrou o Índice de Confiança da consultoria Robert Half. De acordo com o levantamento, a preferência é pelo inglês (51%), seguido de espanhol (24%) e francês (5%). Alemão e mandarim estão empatados na quarta colocação. Na contramão, 40% dos desempregados declararam não possuir essa habilidade. Entre os empregados, esse porcentual é de 34%.
Musculatura. A corretora de seguros Marsh e a operadora de saúde Prevent Senior juntaram forças para crescer junto às pessoas físicas. A aposta é ofertar planos individuais nos canais digitais em um momento em que este mercado está escasso, uma vez que poucos players atuam no segmento.
Um mais um. O setor de saúde tem sido palco de parcerias no País entre quem vende e quem assume o risco. A seguradora espanhola Mapfre e a Qualicorp, por exemplo, conversam há tempos para explorarem o segmento juntas no que batizaram de “Uber da saúde”. O plano, contudo, ainda não saiu do papel.
Casa nova. Karina Yunan Kyriakos Saad, advogada especialista em fusões e aquisições (M&A), deixou, após 20 anos, o escritório Trench, Rossi e Watanabe para ser sócia no Souto Correa Advogados.
Fitness. De olho no aumento da demanda por alimentos saudáveis, a gaúcha FeelJoy projeta alcançar um faturamento de R$ 3 milhões no ano que vem. A fabricante de alimentos congelados acaba de desembarcar em São Paulo, após um investimento da ordem de R$ 1,5 milhão. A companhia já atua na capital do Rio Grande do Sul e, para o ano que vem, programa sua chegada ao Rio de Janeiro.