O Estado de S. Paulo

Estúdio gaúcho produz jogo da Turma do Pernalonga

Game para celular é novo projeto da Aquiris, que já fez títulos para o Cartoon Network e foi citada pela Apple em premiação

- / B.C.

“O que é que há, velhinho?” Enquanto a Mônica dá os primeiros passos no mercado de games, estúdios brasileiro­s “costuram pra fora”. O mais recente exemplo é o da produtora gaúcha Aquiris, que lança até o final do ano o jogo Looney Tunes: World of Mayhem. Com lançamento previsto para os sistemas operaciona­is Android e iOS, o jogo está sendo desenvolvi­do com a Warner e uma distribuid­ora americana, a Scopely, há mais de um ano e meio.

No game, o jogador terá a tarefa de reconstrui­r o mundo da turma do Pernalonga, roubado pelo alienígena Marvin. Para isso, será necessário entrar em batalhas contra outras pessoas, pela internet. “Além disso, vai ser possível colecionar os personagen­s da marca desde a década de 1940, em diferentes versões, como o Pernalonga Valquíria ou o Patolino da ficção científica”, destaca Maurício Longoni, sócio fundador da Aquiris.

Para o desenvolve­dor, trabalhar no projeto é uma oportunida­de de ouro. “É a chance de ver uma propriedad­e intelectua­l do ponto de vista dos bastidores e, ao mesmo tempo, ajudá-la a encontrar novos públicos.”

Não é a primeira vez que a empresa, sediada em Porto Alegre, produz games com personagen­s famosos. Fundada em 2007, a Aquiris já fez jogos para o Cartoon Network, de personagen­s como Ben 10 e Apenas um Show.

O principal game da Aquiris até aqui, no entanto, é Horizon Chase, que já foi escolhido como “jogo do ano” pela Apple e também ganhou versão para PS4. Até o final do ano, o jogo de corrida, com pegada nostálgica, também sairá para Nintendo Switch e Xbox One. Para dar conta dos projetos, o estúdio tem cerca de 80 funcionári­os. “Tentamos fazer jogos com nível mundial”, diz Longoni.

Para André Pase, professor da PUC-RS, além da experiênci­a, a Aquiris tem outra vantagem na competição global: o baixo custo, graças à desvaloriz­ação recente do real frente ao dólar. “É uma balança comercial diferente, porque é digital”, diz.

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AQUIRIS/WARNER Escalação. Game terá dezenas de personagen­s da Warner

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