Mourão liga família pobre a narcotráfico
Candidato da Rede ao governo de Pernambuco reafirma voto na presidenciável da sigla, mas poupa adversário
Para o vice de Jair Bolsonaro (PSL), general Hamilton Mourão (PRTB), famílias pobres “onde não há pai e avô, mas sim mãe e avó” são “fábricas de desajustados” que fornecem mão de obra ao narcotráfico.
Criticado pela Rede por aceitar o apoio de “bolsonaristas” em Pernambuco, o candidato do partido ao governo do Estado, Julio Lóssio, reafirmou seu voto na presidenciável Marina Silva, mas poupou ataques ao candidato do PSL, Jair Bolsonaro.
“Não o conheço. Mas o estereótipo que criaram de Marina é o mesmo que tentam criar de Bolsonaro, só que de maneira inversa. Pessoas tentam criar que ele é um cara violento. E quem já foi agredido por Bolsonaro?”, disse Lóssio ao Estado.
O candidato negou que a aliança com apoiadores do candidato do PSL poderia prejudicar a campanha de Marina. “Ele (Luiz Meira, candidato a deputado federal pelo PRP) sabe que eu voto em Marina, ele vota em Bolsonaro. Quero que o Meira possa me ajudar no que a gente pensa parecido”, afirmou. Mulher do candidato a governador, Andréa Lóssio é candidata a deputado estadual e deve fazer dobradinha com o coronel.
O candidato da Rede minimizou ainda o posicionamento da Executiva estadual, a que chamou de uma “parte sectária” do partido na região. No Ibope divulgado ontem, ele aparece em terceiro lugar com 2%, atrás de Paulo Câmara (PSB), 33%, e de Armando Monteiro (PTB), 25%.
Sozinho na coligação, Lóssio alega que o apoio de Meira e de Gilson Machado (PSL) o tirou do isolamento. Segundo ele, o coronel teria pedido que incorporasse no seu programa a agenda dele para segurança pública, cujos eixos são valorização dos salários da base da PM, investimento na inteligência das polícias e convênio com as guardas municipais. /