Skaf erra sobre reforma trabalhista; Lisete, sobre salários
‘Estadão Verifica’ checou as declarações feitas por candidatos a governador de São Paulo no debate do domingo na TV Gazeta
Estadão Verifica checou as declarações dos candidatos ao governo de São Paulo no debate promovido no domingo pelo Estado, TV Gazeta, Jovem Pan e Twitter. Com base no grau de veracidade ou ausência de compromisso com os fatos, declarações receberam uma “nota”, expressa em uma escala de um a quatro “pinocchios”, de acordo com o grau de veracidade.
Tecnicamente empatado com o tucano João Doria na mais recente pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, Paulo Skaf (MDB) afirmou que “era proibido pela lei trabalhar em casa”, declaração “majoritariamente falsa”. A reforma trabalhista regulamentou o home office, mas a prática não era proibida. “A lei de 2011 não regulamentava de maneira completa o home office. Com isso, havia ampla margem para questionamentos sobre o tema na Justiça do Trabalho. A nova lei trabalhista eliminou tal problema”, disse a assessoria de Skaf.
Já Doria declarou que há 5 milhões de desempregados e subempregados em São Paulo, o que é verdade. A mais recente pesquisa Pnad Contínua, do IBGE, referente ao trimestre de abril a junho deste ano, mostra que 5,7 milhões pessoas no Estado estão “desocupadas ou subocupadas”. A taxa é de 18,4%.
O governador Márcio França, candidato à reeleição pelo PSB, acertou ao afirmar que a dívida em precatórios é de R$ 23 bilhões. Segundo o Quadro Resumo do Estoque de Precatórios do Estado de São Paulo, publicado em abril, a dívida total é de R$ 23,6 bilhões.
O petista Luiz Marinho falou uma “meia verdade” ao declarar que “o Museu do Ipiranga está fechado há quase uma década por falta de manutenção.” O museu está fechado há cinco anos, desde que apresentou problemas de estrutura e foi interditado.
A declaração da candidata Professora Lisete (PSOL) de que “professor em São Paulo não ganha nem sequer o piso nacional do magistério” é falsa. O piso dos professores da rede estadual de São Paulo (R$ 2.585) é um pouco maior que o nacional, que é de R$ 2.455,35.
Rodrigo Tavares (PRTB) disse que ele e o presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, não respondem a nenhum processo. Tratase de “meia verdade”. Não há processos contra Tavares, mas Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal por injúria e apologia ao crime de estupro. / ALESSANDRA MONNERAT, CAIO SARTORI, CECÍLIA DO LAGO, DANIEL BRAMATTI e LUIZ FERNANDO TOLEDO