BRF leiloa em outubro ativos não operacionais
Afabricante de alimentos processados BRF leiloará, no início de outubro, ativos não-operacionais, como fazendas, terrenos, apartamentos e centros de distribuição. Na plataforma "Lance Já", ativos localizados no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul são ofertados. Pelos lances mínimos propostos para esses ativos, a BRF levantará cerca de R$ 30 milhões. Esse movimento faz parte do plano de desinvestimento da companhia, anunciado em junho, pelo qual a BRF propõe arrecadar R$ 5 bilhões até o fim deste ano, de forma que a alavancagem (número de vezes em que a dívida líquida é superior à geração de caixa medida pelo Ebitda) vá para 4,35 vezes. O “grosso” do desinvestimento virá da venda de ativos operacionais da companhia na Europa, Tailândia e Argentina.
» Sob nova gestão. A BRF não divulga o valor almejado no leilão, que será realizado em um hotel em São Paulo, mas reitera que o mesmo faz parte do plano anunciado pela empresa no fim de junho, após Pedro Parente ter assumido o comando da empresa.
» Em xeque. Um aporte de R$ 400 milhões da Alberta Investment Management Corporation (AIMCo) na Iguá Saneamento está em xeque. O Cyan, quotista minoritário do Fundo de Investimento em Partipações Iguá, poderá vetar a entrada do investidor estrangeiro, por considerar que o valor calculado para a empresa está abaixo do que considera justo. O assunto será votado em assembleia de cotistas do FIP Iguá hoje. Os recursos devem ser usados para dar fôlego à expansão da companhia, por meio da participação em novos processos de concessões ou parcerias público privadas, assim como aquisições.
» No papel. O aporte foi acertado no final de julho em contrato assinado com a Iguá Saneamento, ex-Cab Ambiental. O FIP Iguá, com gestão da IG4 Capital, tem participação de 85% na companhia. A posição final do AIMCo no fundo, após o aporte, só será conhecida na conclusão do processo, mas as informações de bastidores são de que chegará a algo como 40% do FIP. O fundo foi constituído na reestruturação das dívidas e aquisição da CAB Ambiental da Galvão Participações, envolvida na Lava Jato. Procurada, a Socopa, administradora e gestora do fundo Cyan, não comentou.
» Mudança. A Associação Brasileira de Bancos (ABBC) vai mudar de endereço até o final de novembro para o prédio Cetenco Plaza, na Avenida Paulista, capital de São Paulo. A mudança acontece porque o atual prédio, o Torre Paulista, que fica na mesma avenida, está sendo vendido. Aproveitando a mudança, a nova sede virá em um formato mais moderno e disruptivo. Todos ficarão em um mesmo espaço. A ABBC tem quase 90 associados e abriga instituições de médio e pequeno porte, assim como bancos estrangeiros e cooperativas de crédito.
» Correspondentes cambiais. A Frente Corretora de Câmbio, dos ex-XPs Carlos Brown, Ricardo Baraçal e da advisor Daniela Marchiori, está apostando na tecnologia e digitalização de processos para crescer. Depois de investir R$ 1,5 milhão nos últimos 12 meses, a empresa lança esta semana a plataforma Frentech para correspondentes cambiais garimparem as melhores cotações. Na prática, a plataforma vai funcionar como um e-commerce para compra de papel moeda e, futuramente, também para remessas. A ideia da Frente é democratizar o mercado de câmbio por meio da figura do correspondente cambial, assim como a XP fez com os Agentes Autônomos de Investimento. A Frente tem mais de 30 correspondentes cambiais plugados na corretora, e com a implantação da plataforma, a expectativa é fechar o ano com uma rede de mais de 100 parceiros.
» Global. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) irá comandar o Comitê de Investidores de Varejo (C8), da Organização Internacional das Comissões de Valores (Iosco), pela terceira vez seguida. O superintendente de proteção e orientação aos investidores da autarquia, José Alexandre Vasco, foi eleito pela organização, focada no trabalho de estimular a educação financeira da população globalmente, para mandato de dois anos.
» Proteção. Após um trabalho debruçado na consolidação da agenda educacional da Iosco, o foco do novo mandato do comitê é aprofundar a atuação dirigida à proteção dos investidores a partir de novas políticas mundiais.