Voto eletrônico.
As urnas de lona serão utilizadas em seções fora do País com pequeno número de eleitores
Brasileiros que moram em Ancara (Turquia), Bucareste (Romênia), Cairo (Egito), Kiev (Ucrânia), Mendoza (Argentina) e Santa Cruz de la Sierra (Bolívia) e estão habilitados para votar poderão ter a experiência nostálgica de escolher o seu candidato à Presidência da República à mão, usando cédulas em papel. Eles fazem parte de um universo de 10.698 eleitores entre as 500.727 pessoas aptas a votar no exterior que participarão do pleito usando não as urnas eletrônicas, e, sim, as de lona.
Nos últimos quatro anos, o número de brasileiros habilitados a votar no exterior aumentou 41,37%, saltando de 354.184 para 500.727. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) atribui o aumento à cooperação entre o Ministério das Relações Exteriores e a Justiça Eleitoral para o cadastro de brasileiros residentes mundo afora. Quem vota no exterior escolhe apenas o candidato ao Palácio do Planalto.
A votação manual ocorrerá em seções eleitorais com pequeno número de eleitores, espalhadas por 54 países – de Angola e Argentina ao Vietnã e Zâmbia – de três continentes – América, África e Ásia –, informou o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF).
A logística da votação no exterior fica sob a responsabilidade do TRE-DF, que atua ao lado do Itamaraty. As votações ocorrem geralmente em embaixadas, consulados e representações diplomáticas.
Um dos objetivos da urna de lona é garantir a realização da votação em locais que enfrentam problemas de energia elétrica. De acordo com o TRE-DF, há companhias aéreas internacionais que, por questão de segurança, vedam o embarque das baterias que carregam as urnas eletrônicas.
Lacração. Ontem, o TREDF realizou a cerimônia de carga e lacração das urnas que serão utilizadas para votação no exterior. Ao todo, serão enviadas 744 urnas (680 eletrônicas e 64 de papel) para 99 países. São necessários, pelo menos, 30 eleitores cadastrados para que a urna seja enviada a uma determinada localidade no exterior.
De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, foram feitas solicitações para 40 cidades que acabaram recusadas por não atingir o mínimo de eleitores exigido. No caso de Damasco, na Síria, não será enviada uma urna para votação na eleição presidencial deste ano por causa dos conflitos na região.