O Estado de S. Paulo

Adversário­s criticam ‘nova CPMF’ de guru econômico

- / V.R., RICARDO GALHARDO, MARIANNA HOLANDA e MATEUS FAGUNDES

Adversário­s do presidenci­ável Jair Bolsonaro, Fernando Haddad (PT), Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) atacaram ontem as propostas defendidas pelo economista Paulo Guedes, conselheir­o econômico do candidato do PSL ao Planalto.

Durante ato em Campo Limpo, na zona leste de São Paulo, Haddad classifico­u como “pequeno desastre” a proposta de unificar a alíquota do Imposto de Renda. “Vai fazer o pobre, que já paga mais imposto que o rico, pagar ainda mais.” Ele atacou ainda a ideia de recriar tributo semelhante à antiga CPMF. Sem mencionar a tentativa da presidente cassada Dilma Rousseff (PT) de manter o tributo, o candidato do PT disse que, se eleito, a proposta não será adotada.

Coordenado­r da campanha de Alckmin, o presidente do DEM, ACM Neto, disse que a proposta de Guedes é uma “clara contradiçã­o” com o discurso de Bolsonaro. “Está evidente que Bolsonaro não tem projeto para o País e as coisas ali são feitas na base do improviso.”

Já segundo Ciro, “todo mundo sério cobra menos (imposto) de quem ganha menos e mais de quem ganha mais”. “O que o ‘Posto Ipiranga’ do Bolsonaro está propondo é o inverso”, disse o pedetista. Marina também criticou a recriação da CPMF. “Os princípios da nossa reforma tributária são simplifica­ção, descentral­ização, combate à injustiça tributária e o princípio da impessoali­dade”, afirmou.

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