Adversários criticam ‘nova CPMF’ de guru econômico
Adversários do presidenciável Jair Bolsonaro, Fernando Haddad (PT), Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) atacaram ontem as propostas defendidas pelo economista Paulo Guedes, conselheiro econômico do candidato do PSL ao Planalto.
Durante ato em Campo Limpo, na zona leste de São Paulo, Haddad classificou como “pequeno desastre” a proposta de unificar a alíquota do Imposto de Renda. “Vai fazer o pobre, que já paga mais imposto que o rico, pagar ainda mais.” Ele atacou ainda a ideia de recriar tributo semelhante à antiga CPMF. Sem mencionar a tentativa da presidente cassada Dilma Rousseff (PT) de manter o tributo, o candidato do PT disse que, se eleito, a proposta não será adotada.
Coordenador da campanha de Alckmin, o presidente do DEM, ACM Neto, disse que a proposta de Guedes é uma “clara contradição” com o discurso de Bolsonaro. “Está evidente que Bolsonaro não tem projeto para o País e as coisas ali são feitas na base do improviso.”
Já segundo Ciro, “todo mundo sério cobra menos (imposto) de quem ganha menos e mais de quem ganha mais”. “O que o ‘Posto Ipiranga’ do Bolsonaro está propondo é o inverso”, disse o pedetista. Marina também criticou a recriação da CPMF. “Os princípios da nossa reforma tributária são simplificação, descentralização, combate à injustiça tributária e o princípio da impessoalidade”, afirmou.