Confronto entre tucano e petista marca debate
Durante o encontro, Doria e Marinho partiram para o enfrentamento em diversas vezes e citaram o presidenciável do PT
O debate entre candidatos ao governo de São Paulo, realizado no início da noite de ontem, por SBT, Folha de S.Paulo e UOL, foi marcado por um forte confronto entre os rivais João Doria, do PSD B, e Luiz Marinho, do PT. Durante os três blocos do encontro, os dois partiram para o enfrentamento em diversas vezes, tanto em assuntos do âmbito estadual quanto na esfera nacional.
No primeiro bloco, ganhou força entre os candidatos a eleição presidencial, principalmente no embate entre Marinho e Doria. O petista vestia uma camiseta vermelha com a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato. Em sua pergunta a Doria, Marinho associou sua candidatura à do presidenciável de seu partido, Fernando Haddad. O tucano respondeu relembrando que derrotou Haddad no primeiro turno da eleição para a Prefeitura de São Paulo em 2016.
Doria ainda aproveitou o discurso contra a violência, muito usado pelo candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), que lidera as pesquisas de intenção de votos. Em pergunta para Rodrigo Tavares (PRTB), o exprefeito perguntou sobre as propostas para a segurança pública para poder reafirmar suas promessas de campanha, alinhadas com o que pensa boa parte do eleitor de Bolsonaro.
O candidato do PSL à Presidência, que se recupera de um atentado e segue internado no Hospital Albert Einstein, foi lembrado também na pergunta de Lisete Arelaro (PSOL) para Marinho. Os dois criticaram duramente Bolsonaro, especialmente em relação ao tratamento dado às mulheres. “Representa o ódio, foi vitimado pelo ódio, infelizmente, torço para que se recupere e volte para as ruas para ser derrotado nas urnas”, afirmou o petista.
Outro ponto de tensão foi entre o atual governador, Márcio França (PSB), e Paulo Skaf (MDB). França perguntou ao adversário sobre segurança alimentar, esperou a resposta e na réplica perguntou sobre as 18 citações a Skaf no âmbito da Lava Jato, que investiga doações ao candidato do MDB nas eleições de 2014. “Minha vida sempre foi limpa”, rebateu Skaf, desqualificando as denúncias.