O Estado de S. Paulo

Atleta tem premiação alta e bônus por recorde

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Recordista mundial da maratona, Eliud Kipchoge engorda sua conta bancária a cada corrida. Em Berlim, com a façanha, ele recebeu US$ 250 mil (cerca de R$ 1 milhão) contando premiação da prova, bônus por bater a marca histórica e valores extras oferecidos por patrocinad­ores. As receitas geradas em torno de seu sucesso são milionária­s.

Principal maratonist­a da atualidade, o queniano venceu dez das últimas 11 provas que disputou. Entre as conquistas estão a maratona nos Jogos Olímpicos do Rio, a de Londres (três vezes), de Chicago e de Berlim (três vezes). Também já venceu em Hamburgo e Roterdã. Falta em sua galeria de troféus a de Nova York, uma prioridade para o queniano antes dos Jogos de Tóquio. Entre as outras grandes provas de rua, ele também ainda não venceu a Maratona de Boston e a de Tóquio.

São nove vitórias seguidas em maratonas e o recorde poderia ser mais expressivo caso não tivesse ficado atrás de Wilson Kipsang em Berlim, em 2013.

Além de escolher provas a dedo, de olho nas premiações e para ampliar sua hegemonia, Kipchoge mantém um projeto com a Nike, sua patrocinad­ora, para tentar correr os 42.195 metros abaixo das duas horas. Na campanha Breaking2, veiculada ano passado, ele correu no autódromo de Monza e fez 2h00min25s, o que seria o recorde mundial, mas não foi homologado. Existe a possibilid­ade de a empresa lançar novamente uma segunda edição do projeto, que se baseia no tênis Zoom Vaporfly 4% Flyknit Elite, desenhado com a ajuda e dicas do campeão olímpico.

Segundo a fabricante, o calçado tem uma tecnologia que garante melhoria média de 4% na corrida. O tênis é liberado a todos os atletas, mas logo que foi lançado gerou polêmica e denúncias de que seria um “doping tecnológic­o”. Mas a Iaaf, entidade mundial do atletismo, não criou barreiras para o modelo, que está dentro dos padrões e pode ser usado em qualquer prova do calendário. / P. F.

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