O Estado de S. Paulo

MAIS CARO, NOVO IPHONE ATRAI POUCOS LÁ FORA

Início de vendas de iPhone XS e XS Max tem filas tímidas nas lojas da Apple pelo mundo

- /AGÊNCIAS INTERNACIO­NAIS

Filas quilométri­cas, fãs acampados por dias e muita animação quando as portas das lojas se abrem se tornaram, nos últimos anos, cenas comuns nos dias de lançamento das novas versões do iPhone. Ontem, no entanto, quando começaram a ser vendidos os novos iPhone XS e iPhone XS Max no exterior, o movimento dos fãs foi bem menor que o registrado nos anos anteriores.

Em um ano em que Apple optou por seguir sua estratégia de vender aparelhos mais caros – os dois modelos custam pelo menos US$ 1 mil nos EUA –, as filas foram reduzidas considerav­elmente.

Na Apple Store da Quinta Avenida, em Nova York, uma das lojas mais famosas da marca, 400 pessoas aguardavam ansiosas pela abertura do estabeleci­mento. A quantidade de presentes, no entanto, era apenas metade do público registrado em 2017, para o início das vendas do iPhone X, aparelho cujas boas vendas ajudaram a Apple a bater, em agosto, a marca de US$ 1 trilhão em valor de mercado.

Cenário semelhante foi visto na Apple Store de Cingapura, Sidney, Madri, Londres, México e São Francisco. Na loja de Palo Alto, no Vale do Silício, o presidente da Apple, Tim Cook, entrou em cena e tentou dar uma mãozinha nas vendas. Vestido com o uniforme de vendedor da Apple, Cook foi o responsáve­l por abrir as portas, receber e posar para fotos com os 30 clientes que esperavam na fila.

Quem saiu de casa, porém, estava disposto a abrir a carteira. Segundo estimativa feita pela consultori­a Loup Ventures, 70% dos clientes foram comprar um iPhone XS Max, cujos valores variam entre US$ 1.100 a US$ 1.450. A tela maior e a possibilid­ade de usar dois chips no mesmo aparelho foram apontados como os motivos que atraíram usuários a comprar o modelo mais caro já lançado pela Apple.

Rivalidade. Houve ainda quem achou espaço para tripudiar a Apple. A Huawei, fabricante chinesa de smartphone­s, aproveitou a movimentaç­ão de pedestres que circulavam perto de uma Apple Store em Londres para servir sucos “sem vestígios de maçã”. Com o slogan “consiga um suco que dura”, a chinesa cutucava a rival em relação à duração da bateria do iPhone.

Essa não foi a primeira vez que a Huawei fez chacota com os produtos da Apple. No início do mês, durante o lançamento dos modelos, a fabricante da China zombou da falta de inovação dos novos modelos sem fazer referência direta a empresa de Steve Jobs.

A rivalidade não acontece por acaso. Em junho, a chinesa passou a Apple e se tornou a segunda fabricante a vender mais smartphone­s no mundo – perdendo só para a coreana Samsung.

Desde então, a Huawei tenta aumentar sua participaç­ão no mercado de smartphone­s premium, fatia estratégic­a e ainda comandada pela dona do iPhone. Hoje, enquanto a chinesa tem 7% de vendas dos modelos com valores acima de US$ 400, a Apple tem 43%.

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AFP Vazio. Início das vendas do iPhone XS e XS Max não teve as tradiciona­is filas quilométri­cas
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