Em SP, Haddad e Alckmin estagnados
Segundo pesquisa Ibope, ex-militar chega a 33%; tucano Geraldo Alckmin passa de 13% a 14% e petista vai de 13% a 12%
Pesquisa Ibope/Estado/TV Globo feita com eleitores paulistas mostra Jair Bolsonaro (PSL) na liderança da corrida presidencial em São Paulo e queda de Fernando Haddad (PT). Bolsonaro passou de 30% para 33%. Empatados tecnicamente, Geraldo Alckmin (PSDB) foi de 13% para 14%, Haddad, de 13% para 12% e Ciro Gomes (PDT), de 8% para 10%.
Pesquisa Ibope/Estado/TV Globo feita apenas com eleitores paulistas e divulgada ontem mostra que o candidato do PSL à Presidência nas eleições 2018, Jair Bolsonaro, se manteve na liderança isolada da corrida presidencial em São Paulo, com 33% das intenções de voto, e ampliou a vantagem em relação aos principais adversários.
Bolsonaro subiu de 30% para 33% entre os paulistas. Empatados tecnicamente em segundo lugar, Geraldo Alckmin (PSDB) oscilou de 13% para 14%, Fernando Haddad (PT) passou de 13% para 12% e Ciro Gomes (PDT) oscilou para cima, de 8% para 10%. Marina Silva (Rede) manteve a tendência de queda, passando de 6% para 4%.
Na pesquisa feita há duas semanas, Bolsonaro e Alckmin chegaram a aparecer empatados tecnicamente, quase no limite da margem de erro (23% a 18%), que era de três pontos porcentuais naquele levantamento. Há uma semana, o candidato do PSL abriu 17 pontos de vantagem sobre o tucano, e agora ampliou a distância para 19 pontos.
Haddad se estabilizou depois de praticamente dobrar sua taxa de intenção de votos entre os dias 10 e 19 de setembro. Ele foi oficializado como cabeça da chapa do PT no dia 11, após o indeferimento da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato.
Razões. Professora de Ciência Política da PUC-SP, Vera Chaia avalia que o PSDB perdeu o voto antipetista, especialmente em São Paulo, por não fazer o discurso esperado pelos eleitores locais. “Alckmin não apresentou até aqui a liderança almejada por esse eleitorado. Nem nas pesquisas, nem em seus discursos. A pacificação defendida por ele não parece ser o que o eleitor quer nesse momento”, diz.
Segundo a analista, as posições adotadas pelo PSDB ao longo do governo de Michel Temer – como a dúvida sobre desembarcar ou não do governo após o escândalo da JBS – também prejudicam o desempenho de Alckmin, assim como o escândalo envolvendo o senador e expresidente do partido Aécio Neves. “E ainda tem o fator João Doria, que além de tentar pegar a vaga de presidenciável para si, não tem feito uma campanha clara para Alckmin em São Paulo. Tudo isso atrapalha demais e acho difícil de ser revertido.”
A pesquisa do Ibope foi realizada entre os dias 22 e 24 de setembro. Foram entrevistados 2.002 votantes. A margem de erro máxima é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro. O registro no Tribunal Superior Eleitoral foi feito sob o protocolo BR 01797/2018.