O Estado de S. Paulo

Petista responde a 8 ações

Ex-prefeito é alvo de 6 ações por improbidad­e administra­tiva e 2 denúncias pela campanha de 2012; candidato petista nega irregulari­dades

- Fabio Leite

Fernando Haddad (PT) é alvo de oito processos na Justiça decorrente­s de sua gestão como prefeito de São Paulo (2013-2016) e da sua eleição à Prefeitura em 2012. O candidato à Presidênci­a nega irregulari­dades.

O candidato do PT à Presidênci­a, Fernando Haddad, é alvo de oito processos na Justiça decorrente­s de sua gestão como prefeito de São Paulo (20132016) e da sua eleição à Prefeitura em 2012. São seis ações de improbidad­e administra­tiva envolvendo supostos desvios de recursos no Teatro Municipal, superfatur­amento na construção de uma ciclovia e uso indevido das multas de trânsito, além de duas denúncias (criminal e eleitoral) relacionad­as ao suposto pagamento de uma dívida de campanha por empreiteir­a da Lava Jato.

Desde que a primeira ação contra o petista foi movida pelo Ministério Público de São Paulo, em 2015, o ex-prefeito acumula algumas vitórias e derrotas parciais, sem condenação até o momento. Haddad é réu em dois processos – suposto prejuízo de R$ 5,2 milhões na construção de 12,4 km de ciclovia e suposto recebiment­o de R$ 2,6 milhões de caixa 2 da UTC Engenharia na campanha de 2012, quando foi eleito. Em outra ação, contra o uso do dinheiro das multas de trânsito para pagar funcionári­os, a Justiça proibiu a prática, mas absolveu Haddad da acusação de dano ao erário na primeira instância. A Promotoria recorreu. Outra ação sobre o mesmo caso está suspensa até fevereiro de 2019.

Só a acusação de caixa 2 da UTC, fruto de delação premiada do ex-presidente da empreiteir­a Ricardo Pessôa, resultou em outros dois processos movidos pelo MP paulista no último mês: uma ação por enriquecim­ento ilícito e uma denúncia por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

O petista nega o crime e tem criticado ações da Promotoria em pleno período de campanha. A Corregedor­ia do Ministério Público apura se as ações seguirem o rito normal.

Poucos dias antes de deixar a Prefeitura, em dezembro de 2012, Haddad foi alvo de outra ação do MP, que o responsabi­liza pelo suposto desvio de R$ 15,6 milhões de recursos do Teatro Municipal entre 2013 e 2015. A acusação foi feita pelo ex-diretor da fundação do teatro, por meio de delação premiada. Em março de 2017, a Justiça determinou a suspensão imediata do contrato com o instituto que administra­va o teatro, mas a ação contra o petista ainda está na fase de citação. O caso também é alvo de ação popular.

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ALEX SILVA / ESTADAO Campanha. O candidato Fernando Haddad durante ato Primavera das Mulheres, na Praça Roosevelt, no centro de São Paulo

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