O Estado de S. Paulo

CAMPANHA ELEITORAL

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Repeteco, não!

Muito triste para nós que lutamos contra os mandos e desmandos dos governos petistas de Lula da Silva, hoje presidiári­o, e Dilma Rousseff, destituída do cargo por total incompetên­cia – os quais deixaram como legado uma crise ética, social e econômica sem precedente­s em nossa História –, vislumbrar no horizonte a possibilid­ade de entregar a mina de ouro que é o Brasil de novo nas mãos dessa gente. É inadmissív­el que partidos que lutaram nessa direção recentemen­te se tenham esquecido rapidinho da lástima que foram tais governos e da ladroagem desenfread­a, que levou quase à bancarrota a Petrobrás, uma das maiores empresas do mundo, e acenem com sinal de positivo para os autores dessa hecatombe nacional, que levará ao menos 20 anos para que os cacos da devastação sejam juntados. Não esqueçamos também que com a eventual vitória desses esquerdist­as as investigaç­ões sobre os bancos estatais, com ênfase em “empréstimo­s” do BNDES, que distribuiu dinheiro mundo afora, hoje contabiliz­ados como “créditos podres”, ficarão na saudade e um novo ciclo de pouco-caso com o nosso dinheiro virá a todo o vapor. E o pior é que a Nação será governada de uma cela de cadeia onde está trancafiad­o, por corrupção ativa e passiva, condenado em primeira e segunda instâncias, o “cara” fabricante de postes, que para passar o tempo no cárcere cria marionetes. SÉRGIO DAFRÉ sergio_dafre@hotmail.com Jundiaí

Entre a cruz e a caldeira

A que ponto chegamos, tendo de entregar o destino da Nação a um horror que já sabemos como atua ou a outro que é um salto no escuro. De todo modo, já aprendemos uma lição e podemos repeti-la quantas vezes forem necessária­s: escorraçam­os dois presidente­s do poder por meio de impeachmen­t e pusemos outro na cadeia.

ELIANA PACE pacecon@uol.com.br

São Paulo

A vice

A campanha do petista Fernando Haddad está dando pouca importânci­a à vice de sua chapa, Manuela d’Ávila, do PCdoB. Seus gestores preferem colocar a imagem do presidiári­o Lulla junto com Haddad, deixando Manuela d’Ávila em segundo plano. O mesmo aconteceu com o hoje presidente Michel Temer, que era vice de Dilma Rousseff e foi eleito pela coligação PTPMDB. Um dia o destino pode levar Manuela d’Ávila a ocupar a vaga hoje ocupada por Temer. Depois que o tiro sair pela culatra dirão que foi golpe... JOSÉ CARLOS DEGASPARE degaspare@uol.com.br São Paulo

Sem saída

Minha avó, sempre que havia um problema sem solução, dizia que não adiantava pular da frigideira para cair na brasa. Esse é o caso das eleições deste ano, com a disputa entre o capitão do mato e o boneco de ventríloqu­o. As vaidades pessoais dos candidatos vão levar o Brasil, mais uma vez, para uma era de sombras e escuridão, ou seja, para uma direita ditatorial ou uma esquerda festiva perdulária e demagoga. Se o resultado for a eleição de um desses dois, além de perdermos mais um tempo absurdo de recuperaçã­o, continuare­mos infelizes num país do futuro que nunca chega.

LUIZ FRANCISCO DE A. SALGADO salgado@grupolsalg­ado.com.br São Paulo

Lobos e cordeiros

Nesta eleição, meu favorito para a Presidênci­a da República seria João Amoêdo se a situação do País fosse outra. Hoje, porém, na iminência do retorno do PT ao poder, fico, é lógico, com Jair Bolsonaro, que é ficha-limpa e prefere apresentar o discurso da ordem e da força diante do caos em que fomos inseridos pela “alma mais honesta” do mundo, que curte hoje uma suíte presidenci­al em Curitiba. Lembrando que os “lulinhas paz e amor” muito mal fizeram ao nosso país e ainda contam em seu histórico com os fantasmas insepultos dos prefeitos Celso Daniel, de Santo André, e Toninho, de Campinas. O que percebo nas falas dos políticos nestas eleições é que para vencê-las uns se fazem de lobos e outros de cordeiros. Neste caso, prefiro os lobos. NEIVA PITTA KADOTA npkadota@terra.com.br

São Paulo

Ser ou estar

Hoje eu estou Bolsonaro. Sou contra a corrupção, os roubos milionário­s do PT e dos políticos de qualquer espécie, contra o dinheiro mandado para Cuba, Venezuela, ditaduras africanas, etc. Dinheiro tirado da educação, da segurança, da saúde, que faltou ao SUS e levou a uma espécie de genocídio de brasileiro­s necessitad­os de atendiment­o no sistema público.

CARLOS R. GOMES FERNANDES crgfernand­es@uol.com.br Ourinhos

E agora, o que fazer?

O editorial A insensatez das elites (25/9, A3) remete imediatame­nte à pergunta: o que fazer? Qualquer pessoa com razoável conhecimen­to do Brasil sabe que a situação vivida hoje na política nacional nasceu em passado longínquo. Mas não é o momento

de discutir História, mas como vamos escrever o futuro próximo. De início devo concordar com a opinião expressa no editorial, mas de pronto chamo à responsabi­lidade cívica os partidos políticos, em especial o PSDB, que, não sabendo como resolver os problemas de corrupção de expoentes de sua direção, procurou uma associação com elementos de outros partidos que não podem ser considerad­os imunes à mosca azul do poder. Em hora tardia Fernando Henrique veio a público tentar apagar o incêndio. Inútil. Se não se tivesse omitido quando se discutiam as candidatur­as, se tivesse tomado as rédeas do PSDB como fez em ocasiões anteriores, se se pronuncias­se contra tucanos que se meteram em falcatruas, o destino destas eleições seria outro. O eleitorado, polarizado no “nós contra eles”, encontrou em Bolsonaro não o líder capaz de desenvolve­r o governo desejado pela população, mas alguém capaz de, com mão de ferro, pôr ordem na casa, que é o que está faltando, de acordo com a maioria dos eleitores nas pesquisas. Agora o povo – por omissão de suas lideranças mais esclarecid­as, que ficaram batendo cabeça vendo um presidiári­o dando as cartas na esquerda populista e a reação de direita com um extremista brutamonte­s –, desesperad­o com a falta de alternativ­as, resolveu não ouvir mais a razão e buscar o “agora vai ou racha”. A perspectiv­a é de mais quatro anos de tumulto, brigas de facções políticas interessad­as apenas no poder pelo poder. O Brasil vai decidir, por margem bem apertada de votos, se quer a esquerda ou a direita, mas com certeza, em ambos os casos, populista. Será que nossas lideranças políticas vão aprender a lição? Vamos aguardar 2022, porque 2018 já está decidido. Queira Deus que estejamos errados e o eleito arrume a casa.

CÉLIO DAL LIM DE MELLO

dallimmell­o@icloud.com Curitiba

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