O Estado de S. Paulo

Orlandinho mostra evolução e volta a fazer planos no circuito

Com melhor ranking da carreira, brasileiro de 20 anos começa a deixar de ser promessa e treina duro para se firmar

- Felipe Rosa Mendes

Orlando Luz se tornou uma promessa do tênis brasileiro em 2014. Chamou a atenção ao vencer dois dos principais torneios de juvenil, faturar o título de duplas em Wimbledon e chegar à vice-liderança do ranking com apenas 16 anos. Mas o status de promessa pesou e, em 2017, viveu sua pior temporada. Um ano depois, o cenário é totalmente diferente, com troféus em simples e duplas e o melhor ranking na ATP.

Até agora, já são dois títulos e um vice de simples em torneios Future (categoria logo abaixo dos Challenger­s), além de cinco troféus e um vice em duplas, quase todos ao lado de Felipe Alves Meligeni, sobrinho de Fernando Meligeni. O desempenho contrasta com o retrospect­o de 2017: dois vice em simples e tentativas frustradas de entrar em torneios maiores.

Orlandinho justifica o grande salto com uma palavra: confiança. “Consegui quebrar a barreira mental. Quando você sofre muitas derrotas, como aconteceu em 2017, acaba duvidando de si mesmo. Depois de quebrar essa barreira na minha cabeça, passei a acreditar que posso, que estou jogando bem”, diz o tenista de 20 anos, ao Estado.

A mudança se deve principalm­ente ao trabalho que vem fazendo em Barcelona, na academia BTT, que tem como um dos donos o espanhol Francis Roig, um dos treinadore­s de Rafael Nadal. Orlandinho (e também Felipe Meligeni) treina no local desde janeiro em uma parceria da academia com a Confederaç­ão Brasileira de Tênis (CBT). A entidade bancava 50% das despesas dos dois jogadores, o que incluía treinos, hospedagem e alimentaçã­o. Desde agosto, passou a ser 100% - a CBT não divulga os valores.

Na BTT, Orlandinho, que segunda-feira atingiu seu melhor ranking (389.°), treina com o técnico brasileiro Léo Azevedo, a quem atribui a evolução técnica e mental. “Eu evoluí bastante no saque, principalm­ente na porcentage­m dos pontos que agora ganho com o primeiro saque. Também melhorei bastante a devolução. Hoje estou com uma variedade imensa de devoluções, do fundo, entrando, direita, esquerda. Isso não é mais um problema”, explica.

Ele revela dois objetivos para os próximos anos. Em 2019, a meta é conquistar vaga no Pan-Americano de Lima. E, em seguida, estar na Olimpíada de Tóquio.

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WILLIAM LUCAS/INOVAFOTO–3/4/2014 Metas. Orlandinho quer estar no Pan e na Olimpíada

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