Credz faz leilão e se alia à Visa para atacar varejo
Depois de promover uma disputa entre bandeiras de cartões, a Credz, que tem a família Zogbi e José Renato Simões Borges como sócios, escolheu a Visa como parceira no Brasil para explorar o varejo de médio porte. A marca internacional disputou o contrato, de dez anos prorrogáveis por igual período, com MasterCard e Elo – esta última, de Bradesco e Banco do Brasil. Levou quem fez a melhor oferta financeira pela parceria. O duelo final ficou entre Visa e Elo. Sobre a disputa, a Credz não comentou. Na mira, estão empresas com faturamento anual entre R$ 500 milhões e R$ 1 bilhão para a oferta de cartões próprios, os chamados private label. Juntas, Credz e Visa, que anunciam hoje, 26, o primeiro negócio entre bandeiras de cartões no País, vão acirrar a concorrência com outros players do segmento com foco no varejo, principalmente a Cetelem. » Dobra a meta. Os cerca de 1 milhão de cartões já emitidos pela Credz devem migrar para bandeira Visa até o primeiro semestre de 2019. Com o empurrão de uma marca internacional, a bandeira local espera dobrar o seu faturamento mensal em um ano, atualmente em R$ 100 milhões. Outra meta é ter um novo parceiro por mês. Atualmente, são 48 clientes e outros dois contratos devem ser fechados ainda este ano, mas com maior volume de faturamento que os atuais. » Queridinha. A Arco Educação, grupo de conteúdo e serviços de ensino, registrou demanda dez vezes superior ao pretendido para sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na bolsa americana Nasdaq. Assim, a ação da companhia, que é dona da plataforma SAS Sistema de Ensino e da International School, sistema de ensino bilíngue, estreia na Nasdaq hoje, dia 26. Os bancos coordenadores são Goldman Sachs, Morgan Stanley, Itaú BBA, Bank of America Merrill Lynch, BTG Pactual, UBS e Allen&Co. Procurada, a Arco não comentou por estar em período de silêncio.
» Próxima. Ainda este ano, a adquirente brasileira Stone mira a bolsa de Nova York (Nyse) para sua oferta na esteira da PagSeguro, do Uol.
» Arena. A briga entre corretoras para atrair número crescente de investidores que testam alternativas, como a bolsa, está boa. E boa para os investidores. A partir de hoje, a Clear Corretora, do Grupo XP com foco em renda variável, zera as taxas de corretagem cobradas para qualquer negociação feita na B3.
» Na cola. A mudança vem um dia depois de a Modalmais, corretora do Banco Modal, anunciar taxa zero de corretagem em operações no mercado futuro de índice Bovespa e dólar. Em outro modelo, a Toro Investimentos entrou nesse mercado em julho já com taxa zero de corretagem para investimentos em bolsa que tiverem prejuízo, cobrando apenas um valor proporcional ao lucro do cliente com as recomendações.
» Efeito XP. A promessa de salário e qualidade de vida melhores vem atraindo um número crescente de profissionais de diversas carreiras para a área de consultoria de investimentos. Para conhecer o assunto, a startup Smart Brain fez uma pesquisa e levantou que nos últimos oito anos o número de profissionais que deixaram seus empregos para se tornarem agentes autônomos e consultores independentes de investimentos superou os 400%, alcançando 1,3 mil. No último trimestre, cresceu 6% ante o mesmo período de 2017.
» Rouba monte. Um dos profissionais que mais se interessa em seguir carreira solo é o gerente de banco. A mesma pesquisa mostra que de junho do ano passado para o mesmo mês de 2018, o número de gerentes em instituições financeiras com os certificados CPA-10 e CPA-20 e autorizados a comercializar produtos de investimentos caiu 9,2%, para 92,6 mil. Para esses profissionais, a mudança foi motivada ainda pelo fechamento de agências dos grandes bancos, regulação da atividade e a proliferação de soluções digitais acessíveis a profissionais autônomos.
» Ecossistema. Em linha com a estratégia de ser uma alternativa híbrida entre Itaú Unibanco e Bradesco, o Santander Brasil está se reposicionando no segmento de fidelidade. Após identificar que o seu programa de pontos, batizado de Esfera, estaria defasado quando comparado à sua oferta de cartões, o banco decidiu reestruturá-lo. » Fechado. Diferentemente da Livelo, de Bradesco e Banco do Brasil, o Santander não planeja abrir seu programa de fidelidade. O foco da reestruturação é desenvolver um sistema melhor para os clientes resgatarem pontos e atrair novos parceiros para o Esfera. O reposicionamento ocorre em meio a uma investida, por parte do banco espanhol, em empresas para atuarem em nichos complementares ao bancário, criando um ecossistema, a exemplo do que tem feito seus concorrentes. O Santander não comentou.