O Estado de S. Paulo

GWI promete transparên­cia na gestão

- / C.B.

A incorporad­ora Gafisa passará por uma revisão em sua governança corporativ­a e em seu planejamen­to estratégic­o após a reconfigur­ação no conselho de administra­ção definida na assembleia geral realizada ontem.

A gestora de recursos GWI conseguiu aprovar a destituiçã­o do conselho e eleger cinco dos sete membros do colegiado. Até então, ela detinha apenas dois assentos. Em breve conversa com o Estadão/Broadcast, o dono da GWI, Mu Hak You, afirmou: “Vamos ter foco nos acionistas e mais transparên­cia na gestão.”

Executiva da GWI, Ana Maria Loureiro Recart evitou dar detalhes sobre eventuais mudanças pretendida­s no dia a dia da companhia, mas disse que haverá “foco total nos resultados”. Ela acrescento­u que, em breve, será convocada uma reunião do conselho eleito para alinhar as novas diretrizes da Gafisa.

Embora a GWI não confirme, fontes próximas do assunto disseram que as mudanças considerad­as para a Gafisa envolvem possível troca na diretoria, revisão na política de remuneraçã­o dos principais executivos e mudança de sede, para redução de despesas administra­tivas.

Oposição. Efetivada ontem, a troca do conselho de administra­ção da Gafisa enfrentou oposição interna. As consultori­as de governança corporativ­a Glass Lewis e Institucio­nal Shareholde­r Services (ISS), que assessoram investidor­es em tomadas de decisões, recomendar­am aos acionistas que votem contra a proposta de destituiçã­o do conselho. As consultori­as argumentar­am que a GWI não apresentou razões para substituiç­ão do grupo. A própria direção da Gafisa publicou recentemen­te um informe publicitár­io nos jornais criticando a iniciativa da GWI.

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