O Estado de S. Paulo

Canto do cisne

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Um dos lanterninh­as nas pesquisas, Geraldo Alckmin continua errando na campanha, insistindo em chamar Bolsonaro de candidato da bala, porque ele defende o direito de qualquer um, por lei, adquirir uma arma e defender a própria vida. Será que o ex-governador não percebe que é justamente o caos na segurança pública em sua gestão que agora leva seus antigos eleitores a preferirem o discurso do deputado? Que as polícias de São Paulo ficaram jogadas às traças, mal remunerada­s e pessimamen­te armadas, com delegacias desaparelh­adas, faltando até papel higiênico para os funcionári­os? Que os criminosos transitam livres e destemidos, a causar-nos danos e morte, motivados pela impunidade legal, e que a imagem da nossa polícia foi desconstru­ída pelo petismo sem que houvesse uma reação contrária do governante a seu favor? E que a propaganda petista levou os moradores das comunidade­s e periferias a rejeitar a ação de policiais e preferir a proteção dos criminosos? Alckmin não enxerga o mundo em que vivemos nosso dia a dia, cheios de temor? É claro que a população ao léu vai procurar ajuda naquele que fala a sua linguagem e reflete seus sentimento­s! Errando na propaganda do começo ao fim, Alckmin decretou seu canto do cisne político.

MARA MONTEZUMA ASSAF montezuma.scriba@gmail.com São Paulo

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