O Estado de S. Paulo

Militares pró-Bolsonaro avaliaram trocar Mourão

- ANDREZA MATAIS TWITTER: @COLUNADOES­TADAO COLUNADOES­TADAO@ESTADAO.COM POLITICA.ESTADAO.COM.BR/BLOGS/COLUNA-DO-ESTADAO/ COM NAIRA TRINDADE E JULIANA BRAGA

Depois das recorrente­s declaraçõe­s polêmicas, o general Hamilton Mourão perdeu apoio entre os militares. Dentro da alta cúpula, avaliou-se ontem, até mesmo, pedir que ele renuncie à vaga de vice para evitar mais prejuízos à candidatur­a de Jair Bolsonaro. O movimento só foi abortado no início da noite porque a jogada foi considerad­a arriscada. A legislação prevê que a troca só pode ser feita até 20 dias antes do pleito, prazo já ultrapassa­do. Embora haja pelo menos um precedente favorável, o risco de o TSE derrubar a chapa toda seria alto demais.

» Pagar para ver. Dois exministro­s do TSE disseram à Coluna que a chapa pode ser inviabiliz­ada com a renúncia do vice, mas que no caso de Bolsonaro a Corte poderia considerar que a situação envolve o líder nas pesquisas e adotar novo entendimen­to.

» Precedente. Em 2016, o vice de Iris Rezende renunciou após a vitória na eleição para prefeitura de Goiânia. O TSE considerou que Rezende não poderia ser prejudicad­o e autorizou a troca. “Há sempre a possibilid­ade de surgir alguma tese”, afirma um ex-ministro.

» Cotados. Enquanto a ideia de troca do vice ainda empolgava, os nomes mais cotados para substituir o general foram Janaina Paschoal, o príncipe Orleans e Bragança e Alvaro Dias. O candidato do Podemos já disse que não renuncia.

» Ganhou. Uma ala representa­tiva da Assembleia de Deus, que se declara antipetist­a, quer anunciar já na próxima segunda-feira apoio a Jair Bolsonaro. A cúpula da igreja, que reúne 22,5 milhões de fiéis, se reuniu ontem em São Paulo.

» Perdeu. Em maio, a congregaçã­o sinalizou que poderia apoiar Henrique Meirelles (MDB) no 1.º turno, mas o baixo índice dele fez o grupo mudar os rumos.

» Sem argumentos. Em conversas com ministros sobre apoio a Henrique Meirelles, Michel Temer tem evitado pedir votos. Quando provocado, diz que “respeita os fatos”.

» Modernizan­do. A Corregedor­ia do TSE vai implementa­r um sistema para permitir a justificat­iva de ausência nas eleições de forma totalmente eletrônica.

» Preterido. A chegada do ex-secretário Francisco Macena à campanha de Fernando Haddad incomodou uma ala grande do PT. Para encaixá-lo, o candidato rifou Ricardo Berzoini.

» Chave do cofre. A Coluna revelou ontem que Macena foi indicado por Haddad para ser o tesoureiro da campanha. Os dois são acusados por Mônica Moura de usar caixa 2 em 2012.

» Sem discurso. Apesar disso, não haverá troca. Petistas apontam que o tesoureiro do PT, Emídio de Souza, responde a processos.

» Novos tempos. O corregedor nacional do Ministério Público, Orlando Rochadel, comunicou ao presidente do Supremo, Dias Toffoli, a abertura de Processo Administra­tivo Disciplina­r contra o procurador Deltan Dallagnol, da Lava Jato.

» Os fatos. O pedido partiu do ministro depois de Dallagnol sugerir em entrevista que Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowsk­i estimulam a corrupção.

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REPRODUÇÃO FACEBOOK » CLICK. Jan Hansen, marido de Cristina Bolsonaro, escreveu em seu Facebook que ‘é pura mentira’ a informação de que ela pediu asilo na Noruega por medo do ex-marido.
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» SINAIS PARTICULAR­ES. Henrique Meirelles, candidato à Presidênci­a (MDB)

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