Palmeiras e Cruzeiro devem levar tensão para o Pacaembu
O encontro entre Palmeiras e Cruzeiro no próximo domingo, pelo Campeonato Brasileiro, deixou de ser uma partida entre dois times reservas para se tornar um confronto tenso e com expectativa de rivalidade. O desfecho violento do duelo entre os clubes no Mineirão na última quarta-feira, válido pela Copa do Brasil, transformou o clima do jogo.
O apito final da partida em Belo Horizonte foi seguido de pancadaria, empurrões, agressões e provocações. O cruzeirense Sassá deu um soco no palmeirense Mayke na ação mais violenta do tumulto. Os dois podem ser suspensos por até 12 jogos pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
O clima de briga se estendeu ao vestiário, onde os jogadores foram contidos por seguranças para não se agredirem.
O novo compromisso dos dois será no Pacaembu, no domingo pela manhã. Como antecede jogos de ambos os clubes pela Copa Libertadores, tinha tudo para se um duelo com reservas e de pouco interesse, quase um amistoso. No entanto, a situação será outra.
“A gente vê que o cara é covarde, aproveita que tem um jogador de costas e vai lá agredir. Domingo ele joga em São Paulo e a gente conversa com ele”, disse o atacante Dudu, do Palmeiras, ao SporTV sobre a atitude de Sassá. O atacante cruzeirense será preservado e não vai jogar.
Irritado, no caminho ao vestiário o técnico do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari, desabafou: “Vocês vão lá domingo, esperem sentadinhos”. Logo depois, na entrevista coletiva, o treinador falou em tom mais calmo. “Que domingo esqueçam o que aconteceu aqui, por favor.”
Os cruzeirenses evitaram prever uma possível repetição da briga e apontaram o Palmeiras como responsável pela confusão. “Não é um benefício para o Cruzeiro querer brigar ou ter confusão. Já estamos na final. Se alguém queria confusão, era o Palmeiras, que já estava eliminado”, disse o atacante argentino Barcos.