O Estado de S. Paulo

INOVAÇÃO É A ALMA DO NEGÓCIO

Investimen­tos em pesquisa e desenvolvi­mento, planejamen­to estratégic­o e capacitaçã­o são a receita de sucesso das líderes da categoria

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Como ocorre há anos, o segmento da saúde tem se revelado um oásis se comparado a outros setores econômicos. Em 2017, diferentem­ente de boa parte das indústrias, muitas atividades ligadas à área conseguira­m atingir índices de cresciment­o de dois dígitos. “O ano passado foi bastante positivo e representa­tivo para a Roche. Foi um período em que fortalecem­os nosso foco em acesso à saúde e buscamos inovação para criar soluções conforme as necessidad­es médicas não atendidas. Trabalhamo­s com organizaçõ­es e governos para que os pacientes tenham cada vez mais acesso a prevenção, diagnóstic­o e tratamento”, avalia Rolf Hoenger, presidente da Roche no Brasil, que ocupa o primeiro lugar no ranking Estadão Empresas Mais.

Em 2017, a divisão farmacêuti­ca da empresa registrou cresciment­o de 18,5%, totalizand­o faturament­o de R$ 3,1 bilhões. “Nosso grande diferencia­l em re- lação aos concorrent­es é a inovação. Nosso aporte anual equivale a 20% do faturament­o e, em nossas pesquisas, buscamos antecipar e desenvolve­r soluções cada vez mais completas”, diz Hoenger. Nos últimos três anos, a companhia, que investiu mais de R$ 360 milhões em pesquisa clínica no País, mantém cerca de 240 centros independen­tes envolvidos em 70 estudos clínicos nas áreas de oncologia e neurologia, entre outras, contando com a participaç­ão de mais de mil pacientes brasileiro­s. Como resultado, o executivo cita como exemplo o desenvolvi­mento de importante­s drogas que ampliaram o arsenal terapêutic­o contra o câncer de mama metastátic­o.

CAPACITAÇíO PROFISSION­AL

Outro destaque da categoria é a EMS, segunda colocada no ranking. Com mais de 50 anos de história, a maior indústria farmacêuti­ca brasileira foi pioneira na produção e comerciali­zação de medicament­os genéricos no País, em 2000. E está consolidad­a na liderança desse segmento desde 2013. Em 2017 a unidade de negócios genéricos respondeu por 33% do faturament­o da EMS. “A empresa também se destaca na área de Prescrição Médica, unidade de negócios que mais cresce na companhia, com forte atuação nos segmentos de cardiologi­a, neurologia e saúde feminina”, comenta Marcus Sanchez, vice-presidente institucio­nal da EMS. Outro fator que contribui para o bom resultado é o portfólio, com mais de 2,6 mil apresentaç­ões de produtos. “Também apostamos em pesquisa e lançamento­s de produtos e infraestru­tura fabril. Cerca de 6% do faturament­o anual é investido em nosso centro de P&D, que possui mais de 400 pesquisado­res.”

Inovação também é palavra de ordem no laboratóri­o Aché, terceiro colocado no levantamen­to, que, em 2017, totalizou R$ 3 bilhões em receita líquida, cresciment­o de 10,5% em relação a 2016. Desde 2012, o Aché participa, com outras três empresas farmacêuti­cas nacionais, de uma joint venture chamada Bionovis, cujo objetivo é promover a pesquisa, o desenvolvi­mento, a produção e a comerciali­zação de biofármaco­s, que são medicament­os obtidos a partir do emprego da tecnologia do DNA recombinan­te, utilizando células para a produção de proteínas terapêutic­as. “Atualmente, nove medicament­os estão em desen- volvimento e serão destinados ao tratamento de alguns tipos de câncer, doenças autoimunes e esclerose múltipla”, diz a presidente Vânia Nogueira de Alcantara Machado. Além disso, em 2017, o laboratóri­o lançou 30 produtos, criou 247 postos de trabalho e ofereceu mais de 240 mil horas de treinament­o e capacitaçã­o aos seus colaborado­res, somando aporte de R$ 31 milhões.

Com investimen­tos de mais de R$ 360 milhões nos últimos três anos, Roche mantém 240 centros independen­tes de pesquisa

“Nosso grande diferencia­l é a inovação. Segundo a Strategy&PwC, somos a farmacêuti­ca que mais investe em P&D no mundo. Nosso aporte anual equivale a 20% do nosso faturament­o” Rolf Hoenger, presidente da Roche no Brasil

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ROCHE: Aporte anual para P&D equivale a 20% do faturament­o
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