TRADIÇÃO E INOVAÇÃO PARA VENCER OBSTÁCULOS
Solidez e investimentos em novas tecnologias são as principais estratégias utilizadas pelas empresas para prosperar, mesmo em um ambiente econômico instável
Com uma economia tão dinâmica e, nos últimos anos, bastante instável, não é fácil encontrar no cenário brasileiro muitas empresas que estejam sobrevivendo por décadas. Mais raro ainda é deparar com companhias centenárias. A Elevadores Atlas Schindler é uma delas. Aliás, nada melhor do que celebrar 100 anos de atividades como a primeira colocada da categoria Indústria da Construção Civil no estudo Estadão Empresas Mais. “Temos valores muito sólidos que norteiam nossas decisões no cotidiano e nos guiam para transpormos obstáculos e mantermos nossa posição de liderança”, comenta Flavio Silva, presidente da Atlas Schindler.
Mesmo atuando em um segmento que tem encontrado dificuldades para prosperar, em 2017, a empresa obteve lucro líquido de R$ 311 milhões, 6,89% superior ao registrado em 2016. Boa parte desse lucro é proveniente da comercialização de 212 mil elevadores ao longo do ano passado. A companhia é dividida em três áreas de negócios distintas: produção de novos equipamentos, modernização e manutenção. Essa divisão, segundo o executivo, faz com que a empresa não seja tão fortemente afetada por reveses de mercado. “Em 2017, avançamos com o plano de investimentos voltado para ampliação da nossa matriz em São Paulo e de nossos postos de atendimento. Também inserimos novas tecnologias na fábrica em Londrina (PR) e realizamos melhorias em processos com o objetivo de aumentar a satisfação de nossos clientes”, acrescenta Silva.
Apesar das turbulências recentes, ele vê o futuro com otimismo: “Vivemos um momento de fragilidade econômica, mas estamos confiantes de que o País vai tomar o rumo correto”. Entre as novidades que estão por vir, está o lançamento do Schindler Ahead, tecnologia que marca a chegada da internet das coisas ao mercado de elevadores e escadas rolantes. Os equipamentos utilizam algoritmos de inteligência artificial para identificar, de forma preditiva, possíveis ocorrências na operação de elevadores e escadas rolantes e, assim, permitir que a empresa apresente soluções aos clientes, desde os primeiros diagnósticos, evitando a interrupção do serviço.
Detentora das marcas Deca, Hydra, Ceusa, Durafloor e Duratex, a companhia Duratex, que ocupa o terceiro posto no levantamento, logo atrás da Berneck, fechou 2017 com uma receita líquida de R$ 3,9 bilhões e lucro recorrente de R$ 180,6 milhões. Mesmo diante de uma economia em recessão, a empresa focou na busca de resultados sustentáveis. “Trabalhamos fortemente nos últimos anos na redução de custos fixos, implantamos um sistema de gestão baseado na definição de lacunas e prioridades e investimos em S&OP [Sales and Operations Planning], o que gerou uma redução significativa e uma melhora na qualidade dos estoques”, afirma Henrique Haddad, diretor de administração, finanças e relações com investidores da Duratex. Além disso, explica o executivo, a empresa vem passando por um grande processo de transformação cultural, o que vai garantir que estará pronta para desafios que estão por vir.
Em 2017, foi definido um novo posicionamento – “Soluções para Melhor Viver” –, indicando que a companhia passará de fabricante de produtos a fornecedora de soluções. Nos próximos anos, o foco será na geração de valor, com a qual se pretende aumentar a rentabilidade e melhorar o fluxo de caixa. Além disso, a estratégia da empresa é estar mais próxima dos clientes por meio de ações de estímulo de demanda e foco em um mix de produtos de maior valor.
Plano de investimentos voltado para ampliação da matriz, em São Paulo, e postos de atendimento
“Temos valores muito sólidos que norteiam nossas decisões no cotidiano e nos guiam para transpormos obstáculos e mantermos nossa posição de liderança” Flavio Silva, presidente da Elevadores Atlas Schindler