UMA FÓRMULA QUE ULTRAPASSA FRONTEIRAS
Em tempos de cenário brasileiro conturbado, empresas apostam em expansão global e aquisições para manter crescimento
Aexpansão dos negócios no exterior esteve no centro da estratégia da Braskem em 2017. No ano em que completou 15 anos de história, a empresa, vencedora na categoria Química e Petroquímica, iniciou um ciclo de crescimento baseado na meta de se tornar referência global no mercado petroquímico. O ano foi marcado pelo início da operação da unidade de Polietileno de Ultra-Alto Peso Molecular (Utec) e pela construção de uma nova unidade de Produção de Polipropileno (PP), ambas nos Estados Unidos. “Ainda vale destacar que o Complexo Petroquímico do México Braskem Idesa, resultado de um investimento de US$ 5,2 bilhões, completou um ano inteiro”, afirma Edison Terra, vice-presidente da unidade de Poliolefinas, Renováveis e Europa da Braskem. “Estes foram importantes avanços para nossas estratégias de diversificação geográfica e de matéria-prima.”
Como resultado, a Braskem registrou um saldo positivo em 2017 – alcançou lucro líquido recorde de R$ 4 bilhões no período. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado atingiu R$ 12,3 bilhões, uma alta de 7% sobre o ano anterior. E a estratégia de olhar para os mercados estrangeiros parece estar surtindo efeito. A empresa, que mantém market share de 69% no Brasil, registrou aumento de 5% na participação de mercado nos EUA e na Europa, enquanto, no México, o crescimento das operações bateu a marca de 124%. “As operações geradas pelas exportações do Brasil e pelas unidades internacionais corresponderam a 47% da receita total da empresa”, afirma Terra.
Com quase 30 mil colaboradores, a Raízen Energia aparece em segundo lugar. Nos resultados da safra 2017/2018, a companhia teve aumento de 8,9% no faturamento em relação à safra anterior. “Apesar da lenta retomada da economia, nossa disciplina operacional e financeira vem nos permitindo uma trajetória saudável de crescimento e participação de mercado”, avalia João Alberto Abreu, vice-presidente executivo da área de Etanol, Açúcar e Bioenergia da Raízen.
AQUISIÇÕES PARA CRESCER
Além dos investimentos em inovação, a empresa tem apostado em aquisições para crescer. Em 2017, por exemplo, concluiu a compra das unidades produtoras Santa Cândida e Paraíso, do Grupo Tonon, passando a operar com capacidade instalada de moagem de 73 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra. Neste ano, anunciou outras duas movimentações: a joint venture com a comercializadora de energia WX Energy, que lhe permitirá atuar no mercado livre de energia; e a criação de uma planta para produção de biogás para geração de eletricidade e biometano, fruto da fusão com a Geo Energética e que entra em operação no fim de 2019.
No ano em que comemorou 20 anos de presença no Brasil, a Repsol Sinopec Brasil, terceira colocada na categoria, elevou em 26% a produção média de óleo e gás em relação a 2016, e registrou Ebitda de R$ 2,9 bilhões, cerca de 50% maior que no ano anterior.
Gabriela Simões, gerente de Comunicação e Relações Externas da Repsol Sinopec Brasil, afirma que o compromisso da companhia com o País se traduz nos números: em 2017, o investimento social foi de R$ 2,5 milhões, um aumento de mais de 45% em relação a 2016; e o investimento em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) superou R$ 50 milhões nos últimos três anos. “Em 2017, iniciamos sete novos projetos de P&D em parceria com universidades federais, startups, empresas de pequeno e grande porte”, revela. “Essas ações, somadas a medidas de eficiência e criação de valor implementadas internamente, nos ajudaram a ser um dos destaques do setor.”
Vencedora da categoria registrou lucro líquido recorde em 2017, de R$ 4 bilhões