O Estado de S. Paulo

GESTÃO FORTALECID­A ELEVA CAPILARIDA­DE DA SAÚDE

Expansão orgânica e ampliação de portfólio facilitam a prestação de serviços e já recebem maior atenção de empresas do setor

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Aárea da saúde passa por um momento desafiador. As companhias estão se adaptando aos novos modelos de remuneraçã­o enquanto veem os preços aumentarem e se preocupam em manter saudáveis as próprias contas. Nesse cenário, não é à toa que a Rede D’or São Luiz é mais uma vez o principal destaque da categoria Saúde do ranking Em

presas Mais Estadão. O grupo de 37 hospitais usa a posição de grande comprador de medicament­os e insumos hospitalar­es para conseguir os melhores preços. A maioria dos 6,2 mil leitos geridos pelo grupo – além de 1,7 mil em processo de aquisição – está em hospital geral e pronta para atendiment­o de emergência­s, permitindo altas taxas de ocupação. Em 2017 o cresciment­o foi de 25%, dos quais grande parte já foi resultado da venda de pacotes de tratamento, que são conjuntos de procedimen­tos com preço já estabeleci­do para determinad­a enfermidad­e, em detri- mento do tradiciona­l fee-for-service, que cobra por serviço realizado. “Esse novo modelo permite mais previsibil­idade para o cliente”, observa Otávio Lazcano, diretor financeiro da Rede D’or São Luiz.

Para 2018 está prevista uma evolução de 20% sobre o ano passado, graças ao investimen­to de R$ 1,5 bilhão em expansão orgânica – ampliação da estrutura e mais equipament­os, além de mais de R$ 1 bilhão direcionad­o para aquisições. “Este será nosso quinto ou sexto ano de resultado histórico”, comenta Lazcano. Ele destaca os títulos de acreditaçã­o. “Todos os nossos hospitais têm selo de acreditaçã­o brasileiro, americano ou canadense.”

O PODER DOS INVESTIMEN­TOS

Segundo colocado no ranking, o Grupo Fleury aumentou o investimen­to em parcerias e expansão de unidades para ampliar a capilarida­de em todo o País. “Quando se fala em medicina diagnóstic­a, é muito importante atuar perto do cliente”, explica Jeane Tsutsui, diretora executiva de negócios da marca Fleury.

Jeane identifica três alavancas de eficiência importante­s: aprimorame­nto dos processos e diagnóstic­os, telemetria para controle em tempo real do atendiment­o nas unidades e sistema de workforce, que mede o desempenho dos funcionári­os. Além disso, o grupo aumentou a internaliz­ação de exames que antes eram processado­s fora do País. Os resultados já se refletem em números. A receita líquida de 2017 subiu 13,7%. O Net Promoter Score (NPS), que mede o índice de satisfação do cliente, cresceu 76,8% só no ano passado. “Estamos vendo o resultado financeiro atrelado à qualidade e ao atendiment­o”, conclui Jeane.

Já a Fundação Butantan, que pesquisa e produz vacinas e soros, vê os frutos da reforma de toda a estrutura de gestão. Em 2017 foram investidos R$ 75 milhões na ampliação da fábrica de vacina contra gripe, que deve se tornar a maior do Hemisfério Sul. A capacidade produtiva vai subir de 50 milhões de doses para 80 milhões por ano, o que supera a necessidad­e no Brasil. A partir de 2019, parte dessa produção será exportada.

Para produzir a vacina da dengue, foram investidos mais de R$ 400 milhões no projeto, entre pesquisa científica, clínica e infraestru­tura. A iniciativa é uma parceria entre o Instituto, o Ministério da Saúde, o BNDES e o Finep. Segundo Dimas Tadeu Covas, presidente do Conselho Curador da instituiçã­o, o projeto só é possível porque uma saúde institucio­nal forte possibilit­a mais credibilid­ade, financiame­nto e parcerias. “Uma coisa leva a outra. Há agora um ciclo virtuoso, que deixa nosso ambiente mais produtivo.”

Grande parte do cresciment­o de 25% da Rede D’or São Luiz já é fruto da venda de pacotes de tratamento oferecidos

“Todos os nossos hospitais têm selo de acreditaçã­o brasileiro, americano ou canadense” Otávio Lazcano, diretor financeiro da Rede D’or São Luiz

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REDE D’OR SÃO LUIZ: Ampliação de estrutura, mais equipament­os e aquisições
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