MENOS TELEFONE E MAIS INTERNET
Ao mesmo tempo que reduz o uso da telefonia tradicional, o consumidor brasileiro demanda mais e mais mobilidade das empresas do setor
Se de um lado o brasileiro vem utilizando cada vez menos o telefone, de outro vem fazendo uso cada vez maior da internet, seja em casa ou em trânsito. O cenário, mesmo fazendo cair o número de telefones fixos no País, tem aumentado o faturamento das empresas de telecomunicações com a oferta de banda larga fixa e internet móvel. É o caso da Vivo, primeira colocada entre as empresas do setor, que no ano passado atingiu um market share de 31,7% em telefonia móvel, com uma receita líquida de R$ 26,5 bilhões, 3,6% mais que em 2016. Para o vice-presidente de B2C da Vivo, Marcio Fabbris, o crescimento do uso de dados, serviços digitais e banda larga fixa, combinado com a eficiência em custos e investimentos, resultou no forte incremento do Ebitda e na geração de caixa da companhia em 2017.
“Ampliamos nossa rede mó- vel de quarta geração para 2.084 novas cidades, o que elevou a presença da rede da companhia para 2.600 municípios em dezembro e nos permitiu oferecer aos nossos clientes o melhor tráfego de dados”, afirma. Além disso, o crescimento da banda larga fixa contribuiu para o aumento da receita. No ano passado, a empresa registrou um avanço significativo na base de ultrabanda larga, por meio da migração de clientes para velocidades mais altas e da expansão de rede de fibra óptica para novas cidades. “Nossos investimentos – cerca de R$ 8 bilhões – foram destinados principalmente à ampliação da rede móvel de quarta geração, cobrindo 84,5% da população brasileira”, afirma Fabbris. Além disso, os recursos foram direcionados à expansão de fibra óptica, que recebeu o equivalente a 18,5% da receita operacional líquida no ano.
A Claro, segunda colocada no setor, também apostou em novas ofertas. O CEO da empresa, Paulo Cesar Teixeira, lembra que a Claro foi pioneira na oferta de ligações ilimitadas para qualquer operadora. “Inovamos também com o lançamento dos serviços Passaporte Américas e Passaporte Europa, que possibilitam ao cliente usar seu plano móvel pós-pago contratado também no exterior, como se estivesse no Brasil, com benefício de ligações ilimitadas e utilização de seu pacote de dados em 18 países da América e em 48 da Europa”, afirma.
Também em 2017, a Claro anunciou a chegada do 4.5G ao País e expandiu sua área de cobertura para mais de 150 cidades. “Com esse conjunto de ações, a empresa agora lidera o crescimento e aumenta sua participação no segmento mais rentável do mercado: o pós-pago”, revela.
Já a TIM, terceira colocada no segmento, conquistou em 2017 um lucro líquido acumulado de R$ 1,2 bilhão, com 36,6% de margem Ebitda, sua maior marca em oito anos. “Fechamos o ano com 17,8 milhões de usuários no segmento pós-pago, representando mais de 30% do total de clientes. Isso significa um aumento de 19,6% na comparação com o ano anterior”, comemora Leonardo Capdeville, vice-presidente de tecnologia da TIM Brasil.
O executivo reforça que a TIM acaba de completar 20 anos de operação no Brasil com resultados bastante consistentes. “Um dos principais fatores que podemos considerar é a consolidação da liderança da cobertura do 4G, com fortes investimentos em infraestrutura de rede, passando de 3 mil cidades no ano passado”, diz Capdeville.
Banda larga e internet móvel puxam para cima as receitas das empresas de telecomunicações “Ampliamos nossa rede móvel de quarta geração para 2.084 novas cidades, o que elevou a presença da rede da companhia para 2.600 municípios em dezembro e nos permitiu oferecer aos clientes o melhor tráfego de dados” Marcio Fabbris, vice-presidente de B2C da Vivo