EFICIÊNCIA QUE TRAZ RESULTADOS
Empresas do setor de transporte e logística investem para aumentar a produtividade e os números comprovam eficácia das ações
Ao longo de 2017, uma das principais preocupações das empresas do setor de transporte e logística foi aumentar a eficiência, trazendo maior segurança e produtividade às suas operações. Bem realizadas, as ações se refletem em seus resultados financeiros e nos índices, cada vez maiores, de cargas movimentadas. É o caso da Rumo, primeira colocada na categoria, que, somente em 2017, ultrapassou a marca de 50 milhões de toneladas transportadas. O diretor-presidente da companhia, Julio Fontana Neto, lembra que, com os recordes de produção e exportação de soja e milho, cerca de 36 milhões de toneladas de grãos foram escoadas pelas ferrovias da Rumo.
O executivo revela que os resultados refletem uma mudança positiva no patamar do modal ferroviário desde que a Rumo assumiu a concessão em 2015, com melhorias ano após ano nos indicadores de eficiência e produtividade.
Não foi por acaso que a companhia evoluiu 36% em relação a 2016, registrando um Ebitda de R$ 2,75 bilhões. “O bom desempenho operacional da Rumo é resultado de seu robusto plano de investimentos. Entre 2015 e 2017, foram investidos R$ 6 bilhões em renovação da frota, criação e aperfeiçoamento de pátios de cruzamento e melhorias em tecnologia e segurança da operação”, revela.
E os investimentos não se restringem somente a infraestrutura e frota. “A tecnologia de ponta está presente na operação, com a utilização de softwares de previsão e monitoramento que antecipam e reduzem ocorrências que possam interferir no transporte em todas as malhas”, explica Fontana Neto, lembrando que a empresa inovou patenteando projetos como o Detector de Trilhos Quebrados (DTQ), o aplicativo Chave na Mão e o sistema Supervisório, que tornaram mais eficazes e rápidos as avaliações e os reparos de segurança da ferrovia. O resultado foi uma melhoria de 46% nos índices de ocorrências ferroviárias.
Quem também colheu os frutos da busca de maior eficiência ao longo de 2017 foi a MRS Logística, segunda colocada no segmento. O presidente da empresa, Guilherme Mello, conta que no ano passado passaram pelos trilhos da companhia 171 milhões de toneladas de produtos, um recorde histórico que está 1,4% acima da produção do ano anterior. “Nossa receita líquida e Ebitda ajustado, por outro lado, cresceram 6,5% e 9,3%, respectivamente, numa evidência concreta do sucesso das estratégias comercial e de otimização de nossa operação”, diz.
Mello resume a estratégia da companhia como uma ampla ofensiva comercial de diversificação e atendimento diferenciado a segmentos que não consideravam a ferrovia uma opção para sua logística, e os resultados têm sido expressivos. “Estamos entregando menores custos, segurança das cargas, confiabilidade e previsibilidade, tudo isso com ganhos ambientais e sociais, como o desafogamento das estradas”, comemora.
A TAG (Transportadora Associada de Gás), terceira colocada no ranking, traduz seus ganhos de eficiência de modo bastante objetivo: todos os indicadores estabelecidos pelo Conselho de Administração foram atingidos. Como exemplos, o diretor-superintendente da companhia, Rogério Gonçalves Mattos, cita o índice zero na taxa de ocorrências
Empresa investiu R$ 6 bilhões em renovação de frota, melhorias em tecnologia e segurança da operação
“A tecnologia de ponta está presente na operação, com a utilização de softwares de previsão e monitoramento que antecipam e reduzem ocorrências que possam interferir no transporte em todas as malhas” Julio Fontana Neto, diretor-presidente da Rumo
registráveis e a ausência total de falhas nos 12 pontos de recebimento de gás e nos 91 pontos de entrega de gás. “2017 foi um ano de importantes desafios, pois, além de conduzir as operações da TAG, fomos contratados pela NTS para apoiá-la gerencialmente, após o consórcio liderado pela Brookfield ter adquirido 90% de suas ações”, conta Mattos.