INOVAÇÃO GERANDO RECONHECIMENTO
Concessionárias investem em otimização de processos e modernização de sistemas para seguir lucrando e levando serviços à população
Os investimentos contínuos das empresas de utilities vêm sendo a chave para a oferta de melhores serviços, o incremento nos resultados financeiros e, mais importante, o reconhecimento dos usuários. É isso o que refletem os negócios das vencedoras da categoria – Sabesp, Furnas Centrais Eléticas e Engie Brasil Energia –, que registraram lucro mesmo em tempos de economia conturbada no Brasil.
Primeira colocada, a Sabesp é a concessionária que mais investe em saneamento no Brasil, de acordo com Karla Bertocco, presidente da companhia. Ela conta que a Sabesp responde por cerca de 30% de tudo o que se destina ao setor no País. “Em 2017, a empresa aplicou R$ 3,4 bilhões nas 369 cidades operadas”, revela, explicando que isso se reflete nos indicadores de atendimento e no desempenho financeiro – a empresa registrou uma receita líquida de R$ 14,6 bilhões e um lucro de R$ 2,5 bilhões no ano.
Na região metropolitana de São Paulo, esse aporte resultou em um sistema mais robusto de abastecimento. “Foram 36 grandes obras entregues desde a crise hídrica, além de mil intervenções de pequeno e médio portes para garantir o fornecimento de água à população mesmo que se repita uma seca tão severa quanto a de 2014/2015”, assegura. A Sabesp também investe no atendimento ao usuário e em inovação. Como resultado, Franca, no interior paulista, foi eleita pelo quinto ano a melhor cidade do Brasil em saneamento. “É nesse município que a empresa começou a utilizar uma solução inovadora: a transformação do gás gerado no tratamento do esgoto em combustível para automóveis”, celebra.
Furnas Centrais Elétricas, segunda colocada na categoria Utilidades e Serviços Públicos, registrou lucro líquido de R$ 1,4 bilhão. Em 2017, Furnas vendeu 40.476 GWh de energia, o que representa acréscimo de 6,2% em relação a 2016, com faturamento de R$ 4,97 bilhões. Na visão de Ricardo Medeiros, presidente de Furnas, os números demonstram a trajetória de recuperação empreendida pela companhia desde 2014. “São resultado de ações de controle de gastos, disciplina financeira e aperfeiçoamento de gestão”, garante. A companhia vem realizando investimentos em inovação de processos, desde orçamentários até a gestão de ativos, passando por adequação a requisitos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), automação de processos de negócios e implementação de um projeto de telecomando e teleassistência. “A maioria das instalações das subestações de Furnas será operada e supervisionada remotamente a partir dos centros de operação do sistema da empresa”, conta Medeiros. Até o fim de 2019, a meta é que mais 14 instalações estejam sendo assistidas desde os centros de operação.
A Engie Brasil Energia, terceira colocada na categoria, apostou em diversificar suas atividades, com a entrada no segmento de transmissão – investiu R$ 2 bilhões na aquisição, em 2017, da concessão de sistema no Estado do Paraná. “Também obtivemos significativo crescimento das atividades de geração de energia com a aquisição das usi- nas hidrelétricas de Jaguara e Miranda e do Complexo Eólico de Umburanas, em dezembro do ano passado”, afirma Eduardo Sattamini, diretor-presidente da Engie Brasil Energia. O executivo ainda aponta a adoção de soluções para decisões mais rápidas e precisas como fundamental para um salto na rentabilidade da companhia.
Em 2017, Sabesp realizou investimentos de R$ 3,4 bilhões nas cidades operadas
“Foram 36 grandes obras desde a crise hídrica, além de mil intervenções para garantir o fornecimento de água mesmo que se repita uma seca tão severa quanto a de 2014/2015” Karla Bertocco, presidente da Sabesp