DE VOLTA AO JOGO, E PARA GANHAR As vendas de veículos para o segmento de agronegócio cresceram 87% de janeiro a julho deste ano
Depois de dois anos patinando, o setor de veículos e autopeças surfa a onda da recuperação da renda dos consumidores
Osetor de veículos e autopeças começou a retomar o ritmo de crescimento em 2017. Depois dos anos agudos da crise, quando o mercado ficou paralisado, o consumidor, mesmo com uma pequena recuperação da renda, volta a comprar. Para a Renault do Brasil, primeira colocada na categoria, o ano de 2017 foi positivo, com a marca atingindo 7,7% de market share no mercado brasileiro. A fabricante manteve sua trajetória de crescimento, que segue de forma contínua desde 2010. No total, a empresa emplacou 167,1 mil veículos, ante 149,9 mil unidades em 2016, um avanço de 11,4%.
A companhia chegou ao final do ano comemorando o lançamento de dois modelos, o Captur e o Kwid, cuja produção motivou a contratação de 1,3 mil colaboradores. Entre os destaques comerciais da marca, estão o Sandero, sexto veículo
Renault registrou aumento de quase 38% no número de veículos exportados em 2017
mais emplacado do Brasil em 2017, com 67,3 mil unidades, e o Kwid, com 22,6 mil unidades comercializadas após seu lançamento, em agosto. Destaque também para as exportações, que alcançaram recorde histórico em 2017, chegando a 98,3 mil veículos (de passeio e comerciais leves), ante 71,3 mil unidades em 2016, uma alta de quase 38%.
Segunda colocada no ranking, a Baterias Moura atribui o bom desempenho do ano passado ao crescimento dos mercados de reposição e à recuperação da produção de veículos no Mercosul. “Com isso, a companhia deu continuidade ao seu plano de investimentos, com destaque para a implementação de uma nova unidade fabril na cidade de Belo Jardim, em Pernambuco”, conta Lucinaldo Ângelo, diretor-geral da divisão de baterias do Grupo Moura no Brasil.
Para o executivo, a base da manutenção dos resultados da empresa, que está no mercado há 60 anos, é o desenvolvimento de pessoas. “O trabalho de atração e formação de talentos ao longo da história da companhia foi e tem sido responsável por gerar milhares de histórias de crescimento pessoal e profissional”, afirma. Mais do que isso, Ângelo reforça que o Grupo Moura é inquieto por natureza, estando sempre disposto a encarar novos desafios.
Um exemplo: para atender às novas exigências eletroeletrônicas dos veículos, cada vez mais tecnológicos e inteligentes, as baterias passaram a trabalhar no chamado estado parcial de carga, para entregar melhor desempenho, sendo adicionado carbono nas placas negativas. “A Moura está no estado da arte em termos de tecnologia para esse tipo de aplicação. Por esse motivo, lançamos duas novas linhas de ba- terias chamadas de EFB (Enhanced Flooded Battery) e AGM (Absorbent Glass Mat)”, revela.
Quem também teve um ano de inovações foi a Embraer, terceiro destaque no setor. Ao longo de 2017, a empresa realizou a revisão do Código de Ética e Conduta e concluiu o primeiro relatório de monitoramento externo – como parte do acordo estabelecido no ano anterior com autoridades brasileiras e norte-americanas –, a partir do qual foi possí- vel identificar oportunidades de aprimoramento. “Também lançamos a campanha interna #SOUEXEMPLO para fomentar práticas de conformidade e mobilizar ainda mais os empregados em relação ao tema”, afirma a assessoria de comunicação da Embraer. Além disso, a empresa fortaleceu a presença no Vale do Silício (na Califórnia, EUA) e em Boston (EUA) e inaugurou o Embraer Global Business Center em Melbourne, na Flórida (EUA).