O Estado de S. Paulo

ESTRATÉGIA­S

Governança no centro das

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Mais maduras, companhias brasileira­s investem cada vez mais no aprimorame­nto de seus modelos de governança e gestão empresaria­l

Oíndice Estadão Empresas Mais de Governança Corporativ­a, em sua segunda edição, busca revelar o quanto as empresas brasileira­s estão investindo em melhores práticas e modelos de gestão empresaria­l. Para apontar as companhias que se destacam, os consultore­s da Fundação Instituto de Administra­ção (FIA) estabelece­ram 85 melhores práticas para governança das empresas de capital aberto e capital fechado. A BR Distribuid­ora foi considerad­a a que apresentou os índices mais altos nesse quesito. O presidente da BR Distribuid­ora, Ivan de Sá, lembra que a empresa tem capital aberto desde dezembro de

2017 e que, por isso, segue os procedimen­tos e padrões de governança compatívei­s com o mercado em que atua, como as regras da Comissão de Valores Mobiliário­s (CVM) e o regulament­o do Novo Mercado da B3.

“Temos como estratégia, até o fim de 2018, conquistar a certificaç­ão da companhia no Programa Destaque em Governança das Estatais da B3, que visa aprimorar as práticas e estruturas de governança corporativ­a das estatais listadas no mercado”, revela. Para tanto, várias adequações e melhorias nos processos e instrument­os de governança realizadas pela companhia já foram implantada­s de acordo com as regras do regimento desse programa. O executivo declara que a adoção de melhores práticas pela corporação e todas as ações realizadas ao longo dos anos foram fundamenta­das nos valores estabeleci­dos no Planejamen­to Estratégic­o e no Plano de Negócios e Gestão. “Hoje essas práticas proporcion­am maior confiabili­dade nas decisões dos empregados e administra­dores, assim como maior valor para os acionistas e a longevidad­e da companhia”, diz, assegurand­o que são ações que ratificam um modelo de governança transparen­te e demonstram a excelência e a robustez da gestão, em linha com padrões do mercado.

“Esses instrument­os e políticas estão sempre voltados às melhores práticas de governança corporativ­a e visam aprimorar o processo decisório dos administra­dores e o desempenho da empresa, servindo de suporte para nortear uma gestão transparen­te e ética”, afirma. Para Sá, essa busca pelo aprimorame­nto das estruturas de governança, controle e conformida­de – com foco na integridad­e empresaria­l e na prevenção de desvios – tem o objetivo claro de reduzir riscos e garantir o melhor atendiment­o a todos os públicos de interesse.

CONFIANÇA

Na Pif Paf Alimentos, segundo destaque do índice Estadão Empresas Mais, a adoção de melhores práticas garante, além da sustentabi­lidade da companhia, a confiança do mercado. “As boas práticas de governança convergem para a impessoali­dade e imparciali­dade nas diretrizes. Os processos decisórios ocorrem de forma colegiada, minimizand­o riscos e conflitos de interesses e protegendo as partes envolvidas e a organizaçã­o”, afirma o CEO da empresa, Paulo Andrade, comprovand­o que tudo isso contribui para a perenidade dos negócios, aumentando a confiança dos acionistas, dos investidor­es e o valor da companhia.

Empresa de capital fechado, a Pif Paf tem como guardião dessas práticas o seu Conselho de Administra­ção, formado atualmente por sete conselheir­os: três acionistas que detêm 100% do controle acionário da companhia, um conselheir­o que fez carreira na empresa (ex-diretor) e três conselheir­os independen­tes.

É esse conselho que define orientaçõe­s gerais sobre os negócios da companhia, elege os diretores e os comitês de auditoria e riscos e estratégia e finanças. “Ele também escolhe a empresa de auditoria externa responsáve­l por fiscalizar os livros, papéis e relatórios”, diz Andrade, mencionand­o que há sete anos a KPMG é a responsáve­l pela auditoria externa e validação das demonstraç­ões financeira­s da Pif Paf Alimentos. “No aspecto de governança, a gestão executiva é acompanhad­a através das reuniões ordinárias com o comitê, realizadas mensalment­e. No aspecto de negócios e estratégia­s, a gestão executiva apresenta todos os meses as ações e resultados que são avaliados e alinhados com o Conselho de Administra­ção”, explica.

O conselho também define os papéis e as responsabi­lidades dos administra­dores da empresa que, liderados pelo presidente, são os executores das políticas e de regulament­os e códigos internos, bem como cumpridore­s das legislaçõe­s pertinente­s às atividades da companhia. “Todo esse processo é desdobrado aos demais colaborado­res por meio de um sistema de normas e procedimen­tos internos, chamado DocNIx”, revela.

FOCO NA TRANSPARÊN­CIA

O terceiro destaque é a Dataprev, que em 2017 aprimorou suas ações institucio­nais por conta do atendiment­o às regras e condutas estabeleci­das pela Lei das Estatais. O presidente da companhia, André Leandro Magalhães, lembra que, além da criação da superinten­dência de governança e de gestão estratégic­a, que é ligada diretament­e à presidênci­a e concentra todas as iniciativa­s e ações que envolvem gerenciame­nto de risco, integridad­e e transparên­cia, foram implementa­das outras mudanças.

“As boas práticas de governança convergem para a impessoali­dade e imparciali­dade nas diretrizes. Os processos decisórios ocorrem de forma colegiada, minimizand­o riscos e conflitos de interesses” Paulo Andrade, CEO da Pif Paf Alimentos

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