Tecnologia para impulsionar a indústria
Bastava colocar os óculos de realidade virtual, disponíveis no estande da Repsol Sinopec, para que o visitante deixasse temporariamente os pavilhões e “viajasse” para dentro de um poro de uma rocha reservatório de petróleo. A atração, que servia para demonstrar como funciona o Twin, desenvolvido em parceria com a Unicamp e a USP, uma das novas ferramentas da empresa, dava o tom de um dos temas mais importantes da Rio Oil & Gas: tecnologia.
No ambiente virtual, é possível visualizar o comportamento de moléculas, indicando quanto de água e com que grau de salinidade deve ser injetada no processo de recuperação do petróleo. Além do Twin, outras ferramentas permitem atuação em diferentes áreas da indústria, como arquitetura de campos de petróleo e gestão de plataformas.
“As novas tecnologias têm proporcionado superar diversos desafios, como a redução de custos e o aumento da segurança operacional”, afirma Fernando Perin, pesquisador da Repsol Sinopec.
“Poderíamos imaginar, por exemplo, que no futuro não teremos mais necessidade de plataformas offshore (no mar). Todos os equipamentos e processos estariam no leito marinho, com monitoramento e controle seria realizado em salas de operação em terra”, projeta Marcelo Andreotti, outro pesquisador da empresa.
Corporate venture
Para impulsionar soluções inovadoras, o grupo Repsol, do qual a Repsol Sinopec Brasil faz parte, tem projetos de corporate venture, em que investe em startups ao redor do mundo. A companhia tem um fundo fechado de 85 milhões de euros para serem investidos durante cinco anos.
“A Repsol procura, por meio de startups, incorporar de maneira mais rápida que a habitual tecnologias que possam ser um game changer nas operações atuais e futuras da companhia”, avalia Antonio Pérez-Lepe, senior investment associate da Repsol Energy Ventures.