O Estado de S. Paulo

MAIS SEGURA, CORINTIANA LEVA FILHOS E MARIDO PALMEIRENS­E

- J.P.

Ana Carolina Gayotto tem na memória afetiva as idas com o pai ao Pacaembu durante a infância. Mas, por conta da violência nos estádios, deixou de acompanhar o Corinthian­s das arquibanca­das em sua adolescênc­ia.

O retorno veio somente após a construção da Arena, em 2014. Ana Carolina é sócia-torcedora e enumerou uma série de motivos que a levaram de volta aos campos de futebol. “É um lugar mais seguro hoje, com estacionam­ento e acesso ao Metrô. Há mais conforto, e ficou fácil comprar o ingresso.”

Com esses benefícios, ela agora traz também para ver o Corinthian­s os três filhos: Maria Luiza, 12 anos, Gabriela, de 10, e Guilherme, de 8, além do marido, Fernando, que é economista. “Tenho essa memória boa do estádio e conforme meus filhos foram crescendo e começaram a gostar de futebol, queria que eles tivessem essa vontade também de vir aqui, de compartilh­ar esses momentos em família.”

Ana Carolina conversou com

o Estado momentos antes do

jogo contra o Flamengo. A partida aconteceu uns dias depois de Gabriela fazer aniversári­o. E o presente surpresa que a mãe co- rintiana proporcion­ou ao trio foi que entrassem em campo ao lado dos jogadores. As crianças estavam eufóricas e ao mesmo tempo tímidas diante do repórter, como con- vém. Era o primeiro grande jo- go que acompanhav­am à noite. O caçula disse que teria prova no dia seguinte. O pai era o único que não esta- va uniformiza­do. E desde o início deixou apenas que Ana Carolina falasse. Só no final da conversa é que sua esposa revelou, bem baixinho, que o marido, na verda- de, era palmei- rense. “O que não fazemos pela famí- lia?”, encer- rou o pai. /

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JOÃO PRATA/ESTADÃO Time. Ana vai com filhos e marido à Arena

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