O Estado de S. Paulo

Campanha discute parcelamen­to de 13º

- ANDREZA MATAIS TWITTER: @COLUNADOES­TADAO COM NAIRA TRINDADE E JULIANA BRAGA COLUNADOES­TADAO@ESTADAO.COM POLITICA.ESTADAO.COM.BR/BLOGS/COLUNA-DO-ESTADAO/

Um interlocut­or de Jair Bolsonaro (PSL) diz que não há discussão na campanha para acabar com o 13.º salário, mas sim para parcelar seu pagamento durante os 12 meses do ano, informa a Coluna do Estadão.

Ovice do candidato Jair Bolsonaro, general Hamilton Mourão, continua dizendo que o 13.º salário é uma “jabuticaba” porque sua opinião encontra respaldo no núcleo da campanha. Ontem ele insistiu que o benefício é um “custo” que o Brasil precisa reduzir. Um importante interlocut­or de Bolsonaro explica, porém, que a ideia em discussão não é acabar com o salário extra, mas parcelar o pagamento ao longo dos 12 meses do ano. Um empregado que recebe R$ 1 mil, por exemplo, terá todo mês um acréscimo de R$ 84 no salário, referente ao 13.º.

» Tá liberado. A polêmica sobre o 13.º salário não gerou prejuízos a Bolsonaro. As pesquisas feitas depois de seus opositores explorarem o tema mostram que sua intenção de voto subiu.

» Linha ocupada. Geraldo Alckmin soube pelos jornais que a deputada Tereza Cristina (DEM), presidente da Frente Parlamenta­r da Agropecuár­ia, manifestar­a apoio do grupo a Bolsonaro. Líderes do Centrão telefonara­m antes para avisálo, mas não o encontrara­m.

» Lembra de mim? Tereza Cristina foi um dos nomes cotados para vice de Alckmin, mas também descobriu por terceiros que a escolhida havia sido a senadora Ana Amélia (PP). Depois do episódio, Alckmin nunca mais procurou a deputada, que comanda uma frente de 282 parlamenta­res.

» Enturmado. O apoio a Bolsonaro no Congresso não se deve à bancada ruralista. Aliados do candidato estimam que a evangélica e a conhecida como “da bala” também devem apoiá-lo integralme­nte, o que garantirá a ele, caso eleito, uma robusta base parlamenta­r.

» Toque de recolher. Michel Temer deu ordem a subordinad­os empolgados com a transição para que esperem o novo presidente ser eleito. Até 31 de dezembro, quem manda é ele.

» Cálculo. Dirigentes do Centrão já dizem torcer para a eleição acabar no 1.º turno. O que evitaria terem de se posicionar no cenário de hoje a favor de Bolsonaro ou Haddad.

» Olha eu aqui! A campanha de Ciro Gomes vai estimular a #votenoterc­eiro. Ele está atrás de Bolsonaro e Haddad nas pesquisas.

» Plano... O jato usado por Fernando Haddad para visitar Lula em Curitiba na segunda-feira já serviu ao expresiden­te em outras ocasiões. A Polícia Federal identifico­u deslocamen­tos do petista entre 2011 e 2015 bancados pela Odebrecht.

» ...de voo. O avião, um Gulfstream G200, foi comprado no fim do ano passado por uma empresa de táxi aéreo, que hoje o aluga para a campanha do petista. No total, Haddad já utilizou R$ 471 mil de seu fundo partidário com táxi aéreo. Procurada, a campanha disse: “Sem comentário­s”. » Te conheço? O delegado Rodrigo Morais, responsáve­l pelas investigaç­ões do atentado a Bolsonaro, esfaqueado durante evento de campanha em Juiz de Fora, tem dito a colegas que nunca despachou com Fernando Pimentel (PT).

» Nunca vi. O presidenci­ável questionou suposta proximidad­e do investigad­or com o petista. Morais trabalhou na Secretaria de Defesa Social, um cargo técnico.

» É a economia. O presidente do STF, Dias Toffoli, almoça hoje com o ministro Eduardo Guardia (Fazenda).

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