O Estado de S. Paulo

A delação de Palocci

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A menos de uma semana das eleições são divulgados trechos da delação de Antônio Palocci envolvendo propinas pagas ao PT e aliados nas campanhas para que Dilma Rousseff pudesse ser eleita em 2010 e reeleita em 2014. Tudo isso com autorizaçã­o e presença de Lula da Silva, além do conhecimen­to da própria candidata. No depoimento, Palocci diz que as campanhas de Dilma de 2010 e 2014 custaram entre R$ 600 milhões e R$ 800 milhões, respectiva­mente. Mas tudo isso já era, e é, do conhecimen­to do Ministério Público e da Justiça, que, neste caso, demoram a tomar providênci­as. As denúncias sobre irregulari­dades nas eleições de 2014 tanto de Dilma para a Presidênci­a como de Fernando Pimentel para o governo de Minas Gerais já foram comprovada­s e a responsabi­lização eleitoral, civil e criminal segue devagar, quase parando. Tanto que, não se sabe o porquê, Dilma, responsáve­l pelo desastre econômico que se abateu sobre a Petrobrás e mais ainda sobre o Brasil, saiu como candidata ao Senado por Minas e lidera as pesquisas. Memória curta, má-fé ou ignorância de parte do eleitorado mineiro? Nas campanhas do PT para este ano, tentam pôr a culpa pela recessão no presidente Michel Temer (duas vezes escolhido por eles para ser vice). Se no processo de impeachmen­t a Constituiç­ão não tivesse sido rasgada por um ministro do Supremo e pelo então presidente do Senado, Dilma estaria inelegível por oito anos. ÉLLIS A. OLIVEIRA elliscnh@hotmail.com

Cunha

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