É bom, mas muito caro
Sedã Fiat Cronos Precision 1.8 com câmbio manual não justifica preço
Das versões do Cronos à venda no País, a 1.8 Precision com câmbio manual é a mais gostosa de guiar, mas também a menos racional. Como esse Fiat não oferece o conforto da transmissão automática, não há como justificar sua tabela, de R$ 65.990.
Por apenas R$ 535 a mais, dá para levar o rival Volkswagen Virtus 1.6 automático que, além da transmissão de seis marchas, é mais espaçoso.
O motor 1.8 do Cronos também não é um argumento a favor do Fiat, pois está defasado. Há opções de 1.5 aspirados no mercado com potência semelhante. É o caso do três-cilindros do Ford
Ka, com 137 cv.
Rodando na cidade, o comportamento do Cronos é bom. Já em rodovias o Fiat só consegue retomar velocidade bem quando se reduz marchas e se pisa forte no pedal do acelerador. Mas isso aumenta muito o consumo de combustível.
O câmbio tem cinco marchas bem escalonadas, mas a quinta é um pouco longa. Ao menos o motor não “grita” muito na estrada, com o carro rodando a cerca de 120 km/h.
A suspensão faz um bom trabalho. Garante estabilidade em curvas e conforto mesmo em pisos ruins. Já as respostas da direção elétrica poderiam ser mais diretas e precisas.
O interior tem bom acabamento e há detalhes que dão requinte ao Cronos. Quatro adultos viajam com conforto, mas o espaço para as pernas é pequeno para quem tem 1,8 metro de altura ou mais.
No nível de equipamentos o Cronos Precision agrada. De série há controles de tração e estabilidade, trio elétrico, sistema start&stop, central multimídia, assistente de partida em rampa e volante com regulagem de altura e profundidade. Já câmera na traseira, partida do motor e acesso sem uso de chave estão em um pacote opcional a R$ 4.710.