O Estado de S. Paulo

Hora de pôr os pés no chão

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“Nada do que foi será, de novo do jeito que já foi um dia...” – trecho de Como uma Onda, de Lulu Santos. Se a situação do Brasil atual pudesse ser representa­da por uma frase, certamente seria essa. Ganhe nas próximas eleições Jair Bolsonaro ou Fernando Haddad, nem adianta comparar com os chamados anos de chumbo ou com os mais recentes, quando fomos apresentad­os ao maior roubo cometido por um governo, em todos os tempos e lugares. Quanto ao primeiro, nada, absolutame­nte nada faz crer que haverá uma repetição do governo militar. Bolsonaro apenas quer pôr um freio numa sociedade que há muito tempo perdeu os valores mais primordiai­s para o desenvolvi­mento de uma nação. Poderá ser eleito de forma democrátic­a, conforme desejo da maioria. E nada será igual com Fernando Haddad, haja vista uma série de declaraçõe­s sobre o que os petistas pretendem fazer ao ganhar. Também poderá ser eleito de forma democrátic­a, mas é o trecho final da estrada que nos levará à Venezuela – falta muito pouco. Que se respeitem todos os que querem outros candidatos, estamos numa democracia, mas vamos pôr os pés no chão, eles

não têm chances. Então, teremos de tomar um rumo, se não agora, no final do mês. Por pior que seja o voto útil, que se acabe com esse inferno já no próximo domingo. No mínimo, seria uma grande economia para os cofres públicos do Brasil.

MARCIA MEIRELLES

marciambm@yahoo.com.br São Paulo

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