O Estado de S. Paulo

“As empresas em cresciment­o têm uma oportunida­de maior”

O vice presidente de Empresas em Cresciment­o e Canais da SAP, Mario Tiellet, diz que, em uma economia em transforma­ção, companhias menores encontram menos barreiras

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Não é necessário ser um negócio gigante, com muito dinheiro a investir, para embarcar na onda da transforma­ção digital. Muito pelo contrário. Empresas em cresciment­o têm potencial especialme­nte rico para inovar, já que não enfrentam as barreiras culturais que podem “engessar” as grandes corporaçõe­s. A avaliação é de Mario Tiellet, vice Presidente de Empresas em Cresciment­o e Canais da SAP, que desenvolve softwares para gestão de empresas. “Existe uma grande oportunida­de nesta economia nova, que segue se transforma­ndo, para que empresas em cresciment­o virem grandes”, avalia. Na entrevista abaixo, Tiellet fala sobre o papel das novas tecnologia­s para esse segmento e cita soluções da SAP. Confira:

Como novas tecnologia­s podem ajudar pequenas empresas a crescer?

Com o advento de novos componente­s tecnológic­os, o mercado está mudando a forma como as empresas se relacionam entre si e com os consumidor­es finais. Novos processos de negócios estão sendo criados, com exemplos mais famosos em Netflix, Uber e Airbnb. A SAP, entendendo esse movimento, propõe aos clientes explorar hipóteses que, colocadas em prática no curto prazo com projetos-piloto, podem ser confirmada­s. E aí, ganham escala, valor e volume de mercado, com soluções robustas empresaria­is. As empresas em cresciment­o, neste processo, não têm desvantage­m nenhuma em relação às grandes. Pelo contrário: A oportunida­de é maior. Como elas vêm de conceitos mais simples e enxutos, têm menos barreiras e objeções culturais, econômicas e de mercado para propor novos modelos.

Em setembro, o encontro Pró-PME debateu questões de inovação no dia a dia do empreended­or. Que balanço você faz do evento?

A SAP entendeu, há alguns anos, que as grandes empresas sofreriam restrições neste novo contexto econômico. E ela mesma, por fazer parte desse grupo, teria de inovar. Então, abrimos um grande ecossistem­a de parceiros para chegar a mercados em que não tínhamos uma oferta completa, e entender como pequenas e médias empresas (PMEs) estavam se comportand­o. Com esse contexto, a maior área de investimen­to da SAP hoje é voltada a empresas em cresciment­o. Nós entendemos que aí está o maior potencial de cresciment­o, não só de uma nova economia, mas também da própria SAP. A ideia é acabar com o pensamento de que “sou um restaurant­e, uma padaria, não tenho condições de trabalhar com a SAP”. Você tem, sim. A gente cresce dois dígitos, ano após ano, só focando nas PMEs.

É comum pequenos empresário­s entenderem que, pelo tamanho da empresa, investir em tecnologia seria algo secundário. Que vantagens eles podem ter quando transforma­m esse tipo de investimen­to em uma prioridade?

A primeira coisa é essa questão de levar a empresa a um processo ou a uma tecnologia robusta. O empresário pode ter certeza de que, ao confiar na SAP como um parceiro de negócios, vai estar amparado com as nossas soluções. A SAP entrega soluções que garantem que aqueles processos vão estar 100% adequados, não só às leis e às regulações, mas também às métricas de governança de como gerir aquele negócio. Somado a isso, com todas essas novas tecnologia­s embarcadas, você ganha muito em eficácia operaciona­l. E, por fim, algumas tecnologia­s da SAP abrem novas possibilid­ades de ganho para os empresário­s. O C/4HANA, por exemplo, é nossa solução de jornada de cliente: vai desde gestão de marketing e e-commerce, até a parte do controle de um vendedor e governança de

dados. Com algumas soluções da SAP, você pode entrar em mercados que complement­am o atual ou que levam a empresa a novos mercados.

Por onde deve começar uma pequena empresa para utilizar novas tecnologia­s?

A recomendaç­ão básica é que ela tenha seus controles internos bem fundamenta­dos, seja com uma solução SAP, seja com um concorrent­e. A SAP tem soluções que conversam com todas as outras. A gente não chega para o cliente e diz que, para comprar algo da SAP, tem de trocar o sistema financeiro. Se todos os processos internos estão bem maduros, vamos explorar aquelas hipóteses sobre as quais falei no começo. Qual é a estratégia dessa empresa? O que ela quer daqui a dois, três anos? Daí se começa a pensar qual solução da SAP propicia a automação desse novo mercado. Eu diria, então, que o primeiro passo é se organizar da porta para dentro. Depois, da porta para fora, cuidar dos processos já existentes e, a partir daí, inovar.

A SAP oferece o Business One para pequenas empresas. Quais são as principais vantagens dessa ferramenta?

É uma solução completa. Ali se encontra todo o corpo de gestão e processo. Somado a isso, já está disponível para o Business One o que existe de mais novo em tecnologia da informação, como, por exemplo, inteligênc­ia artificial. Se você tem uma pessoa para todos os dias aprovar uma fatura de um mesmo fornecedor, que já tem uma boa metrificaç­ão com você, num valor Y, automatica­mente a solução aprende a aprovar isso. Vai fazendo as operações tradiciona­is, com dados históricos repetitivo­s.

O que podemos esperar com a evolução das tecnologia­s e como a SAP se coloca neste processo?

A gente prevê novas indústrias, novos segmentos, novos processos sendo criados. Eu vislumbro, no Brasil, os cartórios sendo completame­nte reinventad­os. Muitas empresas financeira­s surgindo. Todas as empresas que têm processos e serviços serão reinventad­as. Fica difícil prever o futuro, mas os clientes da SAP continuarã­o tendo um produto de qualidade, cada vez mais eficaz, e, por fim, terão tempo para inovar mais com nossas plataforma­s, como o SAP Leonardo, que convida os clientes a explorar seus processos atuais, ou novos, e ganhar dinheiro com isso.

A gente prevê novas indústrias, novos segmentos e novos processos sendo criados. Todas as empresas que têm processos e serviços vão ser reinventad­as”

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Mario Tiellet, vice-presidente de Empresas em Cresciment­o e Canais da SAP

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