Dilma Rousseff perde vaga no Senado por MG
A petista recebeu pouco mais de 2,7 milhões de votos no Estado; PT ainda está fora da disputa local no segundo turno
Quatro anos depois de se reeleger presidente da República com mais de 54 milhões de votos, e ser apeada cargo durante o mandato em 2016, Dilma Rousseff teve frustrada sua tentativa de ocupar uma das vagas ao Senado por Minas Gerais. A petista recebeu pouco mais de 2,7 milhões de votos e ficou na quarta colocação na disputa – os novos representantes de Minas no Senado são Rodrigo Pacheco (DEM) e Carlos Viana (PHS).
Dilma, que não perdeu os direitos políticos ao sofrer o impeachment, fez a campanha ao Senado mais cara do Brasil. Com um gasto de R$ 4,1 milhões – próximo do teto permitido pela Justiça Eleitoral para o cargo – Dilma fez uma campanha financiada quase integralmente pela direção nacional do partido. Durante a campanha, viajou por cidades do interior do Estado, em algumas delas acompanhada do candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad.
Até o início da semana, Dilma liderava as pesquisas de intenção de votos – a petista registrava 29% na pesquisa Ibope divulgada no dia 2. O levantamento de boca de urna, feito no dia da votação, no entanto, já apontava a figa das intenções de votos.
O PT também sofreu significativa derrota em Minas na disputa pelo governo do Estado este ano. O atual ocupante do cargo, Fernando Pimentel, que tentava a reeleição, obteve 23,12% dos votos válidos e ficou na terceira colocação. O segundo turno será disputado pelo empresário Romeu Zema (Novo), que está em sua primeira candidatura, e o senador e ex-governador Antonio Anastasia (PSDB).
Dilma não comentou o resultado das eleições. Já Anastasia comemorou a ausência do PT no segundo turno e no Senado. “Cumprimos bem nosso papel nesse primeiro turno, o grande objetivo alcançado que foi a retirada do PT, o desgoverno do Pimentel em Minas, bem como sua candidata ao Senado, Dilma Rousseff”, disse ele ao discursar após a divulgação do resultado. /