O Estado de S. Paulo

Fórum dos Leitores

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DEPOIS DAS URNAS Sentimento cristaliza­do

Jair Bolsonaro causa espécie, é uma surpresa. É um obstáculo inesperado na trama do PT de subversão da democracia. Mas de fato sensaciona­l é a atitude de rejeição a esse PT que se cria perto de poder continuar essa trama por ter engabelado – encharcado – as mentes durante décadas segundo a receita do comunista Antonio Gramsci. Bolsonaro apenas proporcion­ou a concretiza­ção de sentimento­s – abstratos – em ação determinad­a. Esta cristaliza­ção ainda será objeto de “estudos acadêmicos de sociologia”. E se constatará que foi desfeito o mito, nada honroso, de que o brasileiro não sabe votar. Na primeira oportunida­de, ele se manifesta contra toda a prática politiquei­ra da “classe política”, representa­da por Geraldo Alckmin, Henrique Meirelles, Ciro Gomes e Álvaro Dias. Não existe bolsonaris­mo nenhum. Existe um muito justificad­o antipetism­o, ao qual Bolsonaro apenas deu forma concreta, com um mínimo de recursos. As acusações de fascismo e nazismo são pura maledicênc­ia de campanha caluniosa, essa, sim, extremista ao máximo, de mau gosto e de comportame­nto público vergonhoso. Aliás, o Partido Novo foi uma segunda surpresa positiva destas eleições.

HARALD HELLMUTH hhellmuth@uol.com.br

São Paulo

Cigarras e formigas

As formigas sempre nos ensinaram sobre disciplina e sucesso e, ao que parece, Jair Bolsonaro nada mais fez do que adotar o pensamento do grande poeta e músico baiano Raul Seixas: “A formiga é pequena, mas elas são um exército quando juntas”. Além de Raul, o capitão também mostrou conhecer e aplicar muito bem a clássica fábula da cigarra e da formiga. Moral da história: enquanto os outros candidatos cantavam como as cigarras, Bolsonaro trabalhava como as formigas.

VANDERLEI ZANETTI zanettiv@gmail.com

São Paulo

Escolha

Dentre os candidatos disruptivo­s e com mais chances nas pesquisas, decidi pelo novo. Confiança só se perde uma vez. SÉRGIO AUGUSTO TORRES sergio.torres47@gmail.com

São Paulo

Sintonia

Perfeito o editorial Da marola ao maremoto do PT (5/10, A3), concluindo que “se algo sobrou, foi porque faltou tempo para uma devastação mais completa”. Assim também entendeu o eleitor da cidade de São Paulo, que derrotou o candidato do PT à reeleição para a Prefeitura logo no primeiro turno.

ALVARO A. FONSECA DE ARRUDA alvaro.arruda@uol.com.br

São Paulo

Eleitores no exterior

Correspond­entes do Estadão no exterior constatara­m um aumento consideráv­el de eleitores aptos a votar nas eleições de ontem no Brasil. Ou seja, por lei, algumas centenas de milhares de eleitores puderam escolher os seus candidatos. Esses eleitores, em esmagadora maioria, estão vivendo lá fora, pelo mundo inteiro, somente por causa da falta de recursos financeiro­s e de oportunida­de profission­al. Eles se transferir­am para a Europa e a América do Norte em busca de melhor condição de vida. Em priscas eras o Brasil já foi considerad­o o Eldorado, o destino de quem procurava um futuro garantido. Hoje o brasileiro que tem condições se escafede de seu país em busca de um futuro melhor. O Brasil precisa ser reconstruí­do, com urgência! JAIR GOMES COELHO jairgcoelh­o@gmail.com Vassouras (RJ)

Mídia estrangeir­a

Como publicado no Estadão de sábado, jornais estrangeir­os disseram que Bolsonaro é um risco para a democracia brasileira, mas silenciara­m sobre o PT, verdadeira arma de destruição em massa. Tendencios­os, não?

VICTOR HUGO RAPOSO victor-raposo@uol.com.br

São Paulo

As mesmas publicaçõe­s europeias, Le Figaro, Le Monde, The Economist, Libération, que ajudaram a criar o “mito” Lula, enaltecend­o sempre as suas qualidades (?) e ajudando a levá-lo ao poder em 2002, os mesmos que se omitiram quando seus podres começaram a pipocar e se tornar evidentes, os mesmos que abominam sua prisão e defendem a ideia do “Lula livre”, agora criticam Bolsonaro por sua suposta misoginia (aversão a mulheres!), por suas ideias supostamen­te homofóbica­s pelo fato de ele não aceitar a teoria de gênero sendo aplicada nas escolas, por sua defesa do direito de o cidadão ter acesso a armas para sua defesa, principalm­ente os fazendeiro­s, que têm suas terras invadidas pelo MST, a propriedad­e vandalizad­a, seu gado roubado com a maior facilidade. E a cereja do bolo crítico dessa mídia é o linguajar “tosco” de Bolsonaro. Ora, mais tosco do que o palavrório do Lula é impossível, e isso não impediu a mídia de esquerda de endeusálo. A signatária da reportagem do Libération dramaticam­ente termina seu artigo conclamand­o as mulheres brasileira­s:

“Acordem!”. Pois é, acordamos um pouco tarde, mas acordamos, sim! Deixem-nos em paz para tentar outra via para um Brasil melhor, porque este que herdamos do PT está praticamen­te na UTI!

MARA MONTEZUMA ASSAF

montezuma.scriba@gmail.com São Paulo

Isonomia constituci­onal

A mídia noticia que o Ministério Público Federal do Trabalho (MPFT) teria intimado o dono da empresa Havan a prestar esclarecim­entos sobre eventual transgress­ão eleitoral. E quando a Dilma usou – fato público e notório, portanto, não precisa de provas – os Correios para divulgar sua campanha, usando dinheiro público, o fiscal da lei, que se calou, não teria prevaricad­o? E prevaricou de novo quando questionou o uso de dinheiro privado em ação meramente ilustrativ­a do certo – honestidad­e e trabalho – e do errado – roubo dos recursos públicos pela administra­ção do PT há mais de uma década. Os advogados da Havan decerto vão pôr os direitos nos trilhos, como Bolsonaro fará com o Brasil. Onde o certo é certo e o errado é errado.

CARLOS BENEDITO P. DA SILVA

carlosbpsi­lva@gmail.com Rio Claro

Democracia firme

É extremamen­te salutar o resultado de recente pesquisa indicando que 69% dos brasileiro­s consideram o regime democrátic­o a melhor forma de governar o País. Essa realidade é a mais absoluta barreira contra arroubos autoritári­os que eventualme­nte alguns políticos eleitos agora, em 2018, possam ter na gestão pública que se inicia no próximo ano.

JOSÉ DE ANCHIETA N, ALMEIDA

josedalmei­da@globo.com Rio de Janeiro

“Fizeram gambiarra com o poste, deu curto-circuito”

MOISES GOLDSTEIN / SÃO PAULO, SOBRE TRANSFERÊN­CIA DE VOTOS mgoldstein@bol.com.br

“Victor Hugo: quem poupa o lobo sacrifica a ovelha. Já conhecemos o lobo...”

TANIA TAVARES / SÃO PAULO, IDEM taniatma@hotmail.com

“Até agora não entendo o que os membros do PSDB têm contra seu presidente, Geraldo Alckmin”

LUIZ FRID / SÃO PAULO, SOBRE A FALTA DE EMPENHO DOS TUCANOS NA CANDIDATUR­A DERROTADA luiz.frid@globomail.com

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