O Estado de S. Paulo

Eleição terá segundo turno entre Bolsonaro e Haddad

Candidato do PSL teve 46,04% dos votos válidos e saiu vencedor em 16 Estados e no DF; Haddad obteve 29,27% dos votos e desempenho no Nordeste impediu desfecho no 1º turno

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Adisputa pela Presidênci­a da República será decidida em votação de segundo turno entre o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, e Fernando Haddad, do PT. Bolsonaro obteve 46,04 % dos votos válidos (49,3 milhões de votos), tendo saído vencedor em 16 Estados e no Distrito Federal. Haddad obteve 29,27% dos votos válidos (31,3 milhões votos). O desempenho do petista no Nordeste barrou a onda bolsonaris­ta na região. Caso contrário, a disputa poderia ter sido definida já no primeiro turno.

No total, Bolsonaro ganhou na totalidade das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Sua votação foi acompanhad­a por um desempenho surpreende­nte de aliados e correligio­nários em eleições majoritári­as estaduais. O candidato do PSL, que praticamen­te iniciou a campanha sem acordos partidário­s, conquistou na reta final do primeiro turno o apoio de bancadas de peso e deverá reunir condições de governabil­idade, caso venha a ser eleito. O filho do presidenci­ável, Eduardo Bolsonaro (PSL), bateu o recorde histórico de votos para a Câmara dos Deputados, com 1.751.748 votos ou 8,74% do eleitorado. Antes dele, era o ex-candidato à Presidênci­a Enéas Carneiro.

Ao todo, 13 governador­es foram eleitos no primeiro turno, em uma disputa que teve o MDB e o PT como os grandes derrotados nas eleições estaduais. Ao mesmo tempo, partidos como o Novo, o PSC e o PSL conseguira­m emplacar no segundo turno seus candidatos em Estados como Minas, Rio e Santa Catarina. As duas legendas que formaram a chapa Dilma Rousseff e Michel Temer para o Palácio do Planalto haviam eleito 12 governador­es em 2014. Desta vez, só podem chegar ao comando de nove Executivos estaduais.

A abertura das urnas revelou um revés para caciques do Senado, que não se reelegeram para um novo mandato de oito anos, embora estivessem em disputa duas das três vagas por Estado. A lista de derrotados é puxada pela cúpula da Casa: o atual presidente, Eunício Oliveira (MDB), ficou em terceiro lugar no Ceará, e o vice-presidente, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), em quarto na Paraíba. Por 426 votos, Romero Jucá (MDB-RR) também não conseguiu renovar mandato. Ainda na disputa pelo Senado, dois favoritos petistas sofreram derrotas significat­ivas – Dilma (MG) e o vereador Eduardo Suplicy (SP) não conseguira­m se eleger para o Congresso.

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